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O grande vencedor de 2008
O grande vencedor de 2008
Com estréia prevista para dia 06 de março no Brasil, Quem quer ser um milionário já pode ser conferido em poucas sessões de pré-estréia desde o dia 20 de fevereiro. A concessão foi devido ao sucesso que o filme vem fazendo nos diversos festivais que participa e da cerimônia do Oscar, onde sagrou-se o grande vencedor da noite com 8 estatuetas (das dez que concorria, sendo que duas em uma mesma categoria - melhor música). Tanta badalação fez a Índia saltar aos olhos ocidentais e criar curiosidade para sua mais famosa indústria: Bollywood.
O filme, na realidade, é inglês. Do diretor Danny Boyle, o mesmo de Trainspotting, entre outros. E tem 40% do filme falado em Hindi, o que já é um avanço imenso. Bem escrito, bem dirigido e com uma bela fotografia é, sem dúvidas, um bom filme. Mas, não é inovador, nem acredito que será citado na lista dos melhores filmes de todos os tempos em um futuro próximo.
Na realidade, sua história é bem conhecida, a trajetória do herói. Um garoto pobre que enfrenta diversas dificuldades com o único objetivo de ficar com sua amada. Há personagens maniqueístas, além de um foco forte na pobreza e na violência. Talvez por isso a comparação insana com Cidade de Deus. Há também uma referência a Bollywood com a fotografia e a dança final. Porém, o que nos envolve é o como a história foi contada.
O filme começa quando Jamal está a uma pergunta de se tornar milionário em um programa de auditório parecido com o nosso show do milhão: Quem quer ser um milionário. Baseada no livro Q&A, de Vikas Swarup, com roteiro de Simon Beaufoy (do premiado Ou Tudo ou Nada), o filme narra o interrogatório do jovem Jamal, que está sendo acusado de fraude, em paralelo a fatos de sua vida miserável que serviram de inspiração para as respostas do programa. A forma como essa junção é mostrada é o grande plus do filme, que conta com bons atores e cenas memoráveis. Apesar de um final previsível, típico de melodrama atual, o filme é uma boa indicação e merece prêmios. Só não sei se tantos.
Ao contrário do que muitos mostraram, na Índia ele não está sendo tão bem aceito. Para um programa de TV "vender a miséria da Índia" não era a melhor maneira de abrir o país para o Ocidente. Já a crítica de cinema Kishwar Desai diz que "Para entender quem padece com uma miséria tão atroz na Índia é preciso um cineasta indiano ao invés de britânico". A maior estrela de Bollywood Amitabh Bachchan também criticou o filme por causa da temática focada na pobreza: "Se SM projeta a Índia como uma nação desprotegida do terceiro mundo e causa dor e repulsa em patriotas e nacionalistas, que fique claro que mesmo na nações mais desenvolvidas também existem áreas sombrias e desprotegidas".
Particulamente, acho que essa vitória de Slumdog Millionaire pode ser uma porta aberta para o resto do mundo se interessar pela maior indústria de cinema depois de Hollywood. Resta a eles saber aproveitar.
Prêmios do filme:
Oscar:
Filme
Direção(Danny Boyle)
Roteiro Adaptado (Simon Beaufoy)
Fotografia (Anthony Dod Mantle)
Montagem (Chris Dickens)
Som (Ian Tapp, Richard Pryke, Resul Pooktty)
Trilha Sonora (A. R. Rahman)
Canção (Jai Ho, de A. R. Rahman e Sampooran Singh Gulzar)
BAFTA:
Filme
Direção
Roteiro Adaptado
Fotografia (Anthony Dod Mantle)
Edição (Chris Dickens)
Som (Ian Tapp, Richard Pryke, Resul Pooktty)
Música (A. R. Rahman)
Globo de Ouro:
Filme - Drama
Direção
Roteiro
Trilha Sonora
O filme, na realidade, é inglês. Do diretor Danny Boyle, o mesmo de Trainspotting, entre outros. E tem 40% do filme falado em Hindi, o que já é um avanço imenso. Bem escrito, bem dirigido e com uma bela fotografia é, sem dúvidas, um bom filme. Mas, não é inovador, nem acredito que será citado na lista dos melhores filmes de todos os tempos em um futuro próximo.
Na realidade, sua história é bem conhecida, a trajetória do herói. Um garoto pobre que enfrenta diversas dificuldades com o único objetivo de ficar com sua amada. Há personagens maniqueístas, além de um foco forte na pobreza e na violência. Talvez por isso a comparação insana com Cidade de Deus. Há também uma referência a Bollywood com a fotografia e a dança final. Porém, o que nos envolve é o como a história foi contada.
O filme começa quando Jamal está a uma pergunta de se tornar milionário em um programa de auditório parecido com o nosso show do milhão: Quem quer ser um milionário. Baseada no livro Q&A, de Vikas Swarup, com roteiro de Simon Beaufoy (do premiado Ou Tudo ou Nada), o filme narra o interrogatório do jovem Jamal, que está sendo acusado de fraude, em paralelo a fatos de sua vida miserável que serviram de inspiração para as respostas do programa. A forma como essa junção é mostrada é o grande plus do filme, que conta com bons atores e cenas memoráveis. Apesar de um final previsível, típico de melodrama atual, o filme é uma boa indicação e merece prêmios. Só não sei se tantos.
Ao contrário do que muitos mostraram, na Índia ele não está sendo tão bem aceito. Para um programa de TV "vender a miséria da Índia" não era a melhor maneira de abrir o país para o Ocidente. Já a crítica de cinema Kishwar Desai diz que "Para entender quem padece com uma miséria tão atroz na Índia é preciso um cineasta indiano ao invés de britânico". A maior estrela de Bollywood Amitabh Bachchan também criticou o filme por causa da temática focada na pobreza: "Se SM projeta a Índia como uma nação desprotegida do terceiro mundo e causa dor e repulsa em patriotas e nacionalistas, que fique claro que mesmo na nações mais desenvolvidas também existem áreas sombrias e desprotegidas".
Particulamente, acho que essa vitória de Slumdog Millionaire pode ser uma porta aberta para o resto do mundo se interessar pela maior indústria de cinema depois de Hollywood. Resta a eles saber aproveitar.
Prêmios do filme:
Oscar:
Filme
Direção(Danny Boyle)
Roteiro Adaptado (Simon Beaufoy)
Fotografia (Anthony Dod Mantle)
Montagem (Chris Dickens)
Som (Ian Tapp, Richard Pryke, Resul Pooktty)
Trilha Sonora (A. R. Rahman)
Canção (Jai Ho, de A. R. Rahman e Sampooran Singh Gulzar)
BAFTA:
Filme
Direção
Roteiro Adaptado
Fotografia (Anthony Dod Mantle)
Edição (Chris Dickens)
Som (Ian Tapp, Richard Pryke, Resul Pooktty)
Música (A. R. Rahman)
Globo de Ouro:
Filme - Drama
Direção
Roteiro
Trilha Sonora
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
O grande vencedor de 2008
2009-02-26T11:39:00-03:00
Amanda Aouad
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