Finalmente o Oscar para uma grande atriz
Após seis indicações ao Oscar, finalmente Kate Winslet conseguiu seu sonho de infância: vencer um Oscar. Segunda a própria atriz no discurso de agradecimento, ela treinava com um frasco de shampoo para o momento tão esperado. Aliás, como o prêmio já era dado como certo, após a vitória de dois Globo de Ouro (melhor atriz e melhor atriz codjuvante), a grande surpresa ficou mesmo pelo agradecimento. Além do referido fato da infância, Kate pediu que os pais assobiassem para ela saber onde estavam, mandou beijo e disse que os amava. Também agradeceu aos amigos, colaboradores, diretores, o marido, Sam Mendes, e falou dos filhos, Mia e Joe - no tapete vermelho. Kate disse que sua filha lhe pediu que, se ganhasse, teria um surto de felicidade no palco. Parece que a atriz atendeu ao pedido, pois para finalizar virou para Meryl Streep na platéia (grande atriz indicada 15 vezes) e disse "me desculpe, mas você terá que aceitar isso". Quase um "vocês vão ter que me engolir de nosso lendário Zagalo.
Mas, o fato é que o prêmio foi merecido. Meryl Streep está sempre ótima, Angelina Jolie também deu show em A Troca (e seria um consolo pela injustiça de não ter ganho ano passado pelo Preço de uma coragem). Mas, Kate Winslet está excepcional em O Leitor. A atriz já havia provado ser boa desde sua indicação ao prêmio de melhor atriz codjuvante, em seu terceiro filme Razão e Sensibilidade (venceu o prêmio no Bafta por esse filme). Como atriz principal, de todos os indicados destaco Brilho Eterno de uma mente sem lembrança, onde esteve muito bem, apesar de o maior destaque do filme ser Jim Carrey em um surpreendente papel dramático.
Em O leitor, Kate não tem concorrente. Ela é o grande nome do filme e sua caracterização da alemã nazista é perfeita. Tão perfeita que chega a ser perigosa, pois nos vemos envolvidos com sua história e acabamos sentindo compaixão por sua personagem, que deveria ser despresível. Principalmente no fim, quando confirmamos que todos os atos de sua vida foram levados pelo impulso da vergonha boba de não saber ler. Merecia o Oscar, merecia os aplausos. Talvez só não precisasse surtar tanto, mas, foi pedido de sua filha.
Indicações e Prêmios:
Oscar:
2008 - Melhor atriz - O Leitor - vencedora
2007 - Melhor atriz - Pecados íntimos - indicada
2005 - Melhor atriz - Brilho eterno de uma mente sem lembranças - indicada
2003 - Melhor atriz coadjuvante - Íris - indicada
1998 - Melhor atriz - Titanic - indicada
1996 - Melhor atriz coadjuvante - Razão e sensibilidade - indicada
Globo de Ouro:
2008 - Melhor atriz / drama - Foi apenas um sonho - vencedora
2008 - Melhor atriz coadjuvante / drama - O leitor - vencedora
2007 - Melhor atriz / drama - Pecados íntimos - indicada
2005 - Melhor atriz comédia / musical - Brilho eterno de uma mente sem lembranças - indicada
2003 - Melhor atriz coadjuvante - Íris - indicada
1998 - Melhor atriz / drama - Titanic - indicada
1996 - Melhor atriz coadjuvante - Razão e sensibilidade - indicada
BAFTA
2008 - Melhor atriz - O Leitor - Vencedora
2008 - Melhor atriz - Foi Apenas Um Sonho - indicada
2007 - Melhor atriz - Pecados íntimos - indicada
2005 - Melhor atriz - Em busca da Terra do Nunca - indicada
2005 - Melhor atriz - Brilho eterno de uma mente sem lembranças - indicada
2003 - Melhor atriz coadjuvante - Íris - indicada
1996 - Melhor atriz coadjuvante - Razão e sensibilidade - Vencedora
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Finalmente o Oscar para uma grande atriz
2009-02-28T12:28:00-03:00
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