O Enfermeiro
Fazer cinema não é uma coisa fácil. Ainda mais sem dinheiro. Só muita paixão para levar uma equipe a produzir um longametragem com uma verba de R$500,00. Isso mesmo, não está faltando nenhum zero nessa informação. Foi assim que foi produzido O Enfermeiro, primeiro filme de Maurício Amorim, dramaturgo baiano, professor da UNEB e idealizador da Mostra de Cinema e Vídeo de Seabra. Ontem foi a estreia de O Enfermeiro, na Sala Walter da Silveira, que continua em cartaz até dia 16/12 sempre as 19hs com entrada gratuita.
Dirigido, roteirizado e produzido por Maurício, o longa é baseado no conto homônimo de Machado de Assis e merece ser prestigiado para continuar incentivando iniciativas como essa, repletas de vontade e amor pela sétima arte. Não podemos dizer que seja um filme explêndido, até pelas dificuldades orçamentárias, mas só a história de Machado já é um chamariz. E a equipe se entrega com vontade ao trabalho como frisou o ator Fernando Neves: "cada pessoa ali deu o melhor de si". Fernando, que encarna o coronel Felisberto é um ator consagrado no meio já tendo vencido o Troféu Candango de Melhor Ator Coadjuvante em 2005, na cidade de Brasília, pelo filme Eu me lembro.
Muitos rostos novos como a jovem Gislene Ramos que, em seu primeiro trabalho e com poucas cenas, demonstra potencial para uma carreira futura. Bruno Neves, que faz o enfermeiro, já atua no teatro baiano há algum tempo e também estreia no audiovisual. Apesar da difuldade da mudança de linguagem, o ator consegue se sair bem como Plínio, principalmente nas cenas em que contracena com Fernando Neves, indiscutivelmente o melhor ator em cena. A propósito, apesar do sobrenome, eles não são parentes.
O Enfermeiro conta a história de um coronel ranzinza e maldoso que não consegue manter um assistente em seu leito de morte, devido a sua forma de tratá-los. Plínio acaba sendo designado para o cargo pelo padre amigo de sua família e resolve aceitar o desafio por precisar do dinheiro para ajudar seu irmão doente. A convivência dos dois vai trazer grandes problemas para ambos. E ainda guarda alguns mistérios. Destaque para o clímax da história.
Com uma platéia repleta de amigos e familiares dos realizadores, a estreia de O Enfermeiro foi quase um encontro de uma turma onde o resultado na tela era o que menos importava. Eles estavam ali para prestigiar e aplaudir a determinação de pessoas em busca de seus sonhos. Disso, também é feito o cinema. Por isso, aplaudimos Maurício Amorim, que com todas as dificuldades conseguiu entregar uma história para o seu público, abrindo portas para novos projetos.
O quê: O Enfermeiro
Onde: Sala Walter da Silveira (Barris)
Dia: de 10 a 16/12
Horário: 19hs
Entrada gratuita
Dirigido, roteirizado e produzido por Maurício, o longa é baseado no conto homônimo de Machado de Assis e merece ser prestigiado para continuar incentivando iniciativas como essa, repletas de vontade e amor pela sétima arte. Não podemos dizer que seja um filme explêndido, até pelas dificuldades orçamentárias, mas só a história de Machado já é um chamariz. E a equipe se entrega com vontade ao trabalho como frisou o ator Fernando Neves: "cada pessoa ali deu o melhor de si". Fernando, que encarna o coronel Felisberto é um ator consagrado no meio já tendo vencido o Troféu Candango de Melhor Ator Coadjuvante em 2005, na cidade de Brasília, pelo filme Eu me lembro.
Muitos rostos novos como a jovem Gislene Ramos que, em seu primeiro trabalho e com poucas cenas, demonstra potencial para uma carreira futura. Bruno Neves, que faz o enfermeiro, já atua no teatro baiano há algum tempo e também estreia no audiovisual. Apesar da difuldade da mudança de linguagem, o ator consegue se sair bem como Plínio, principalmente nas cenas em que contracena com Fernando Neves, indiscutivelmente o melhor ator em cena. A propósito, apesar do sobrenome, eles não são parentes.
O Enfermeiro conta a história de um coronel ranzinza e maldoso que não consegue manter um assistente em seu leito de morte, devido a sua forma de tratá-los. Plínio acaba sendo designado para o cargo pelo padre amigo de sua família e resolve aceitar o desafio por precisar do dinheiro para ajudar seu irmão doente. A convivência dos dois vai trazer grandes problemas para ambos. E ainda guarda alguns mistérios. Destaque para o clímax da história.
Com uma platéia repleta de amigos e familiares dos realizadores, a estreia de O Enfermeiro foi quase um encontro de uma turma onde o resultado na tela era o que menos importava. Eles estavam ali para prestigiar e aplaudir a determinação de pessoas em busca de seus sonhos. Disso, também é feito o cinema. Por isso, aplaudimos Maurício Amorim, que com todas as dificuldades conseguiu entregar uma história para o seu público, abrindo portas para novos projetos.
O quê: O Enfermeiro
Onde: Sala Walter da Silveira (Barris)
Dia: de 10 a 16/12
Horário: 19hs
Entrada gratuita
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
O Enfermeiro
2010-12-11T15:15:00-03:00
Amanda Aouad
cinema baiano|materias|noticias|
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