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Entrando em uma fria maior ainda com a família
Entrando em uma fria maior ainda com a família
Domingo, Robert De Niro ganhou o prêmio Cecil B. DeMille e em seu discurso de agradecimento brincou que só levou o prêmio porque o jurado não teve tempo de fazer a crítica de "Entrando em uma fria maior ainda com a família". Estamos diante de uma trilogia besteirol, onde o primeiro filme foi um grande sarro, mas que já começou a se esgotar em sua continuação, mesmo com o elenco reforçado por Dustin Hoffman e Barbra Streisand. Quando soube que teria um terceiro, agora tamanho família, esperei uma grande bomba. Não chega a ser. Esse é daqueles em que o trailer é pior que o filme. É uma comédia até bem realizada, com momentos divertidos, alguns pouco inspirados, mas que diverte a família. Uma sessão da tarde sem muito compromisso.
Greg Focker já é um pai de família, com dois filhos gêmeos pequenos e a mulher para sustentar. E seu sogro, Jack Byrnes, aumenta a pressão em cima dele, após o divórcio da outra filha com o preferido Dr. Bob. Apesar da aparente calmaria, Greg, que agora é o chefe do departamento do hospital, acaba sendo assediado pela representante de laboratório vivida por Jessica Alba, gerando várias confusões com o sogro neurótico. Tudo irá culminar na festa de aniversário dos gêmeos, com direito a reunião das duas famílias e de um ex-namorado de Pam.
Toda situação é desculpa para piadas de duplo sentido e algumas são constrangedoras como Dustin Hoffman dançando flamenco ou Barbra Streisand dando conselhos amorosos a Owen Wilson. Isso sem falar de Robert De Niro tomando remédio para ereção. Mas, no geral, a cadência do roteiro de John Hamburg e Larry Stuckey segue uma coerência de nos envolve. Acabamos acompanhando toda a trajetória de mal-entendidos e situações que envolvem a família, o que nos faz dar risada. A direção, que saiu das mãos de Jay Roach para Paul Weitz, manteve o mesmo padrão. O problema é que a fórmula já está desgastada, então, temos a sensação de uma obra inferior.
A sensação também é que temos um desperdício de elenco. De Niro e Ben Stiller tem uma ótima química e poderiam gerar situações cada vez mais engraçadas, o problema é que tudo já havia sido mostrado no primeiro filme. Se já tinha achado as participações de Barbra Streisand e Dustin Hoffman lamentáveis na continuação, nessa terceira parte eles conseguem superar as situações constrangedoras. Uma pena. Já a participação de Jessica Alba, apesar de exagerada, até que faz sentido e é interessante de acompanhar. Agora, engraçado mesmo é o clima na futura escola dos gêmeos. As situações ali são o que tem de melhor no filme.
Pode não ser a comédia do ano, mas também não tem potencial para entrar na lista dos piores. Uma comédia boba, mas divertida que pode gerar uma hora e pouco de lazer. Só não dá para levar as crianças porque as piadas de sexo são muitas. Nos resta torcer para que a Universal Pictures não nos surpreenda com um quarto filme. Ninguém vai suportar algo do tipo "Entrando numa fria maior ainda com a família, o cachorro, o papagaio e o periquito".
Greg Focker já é um pai de família, com dois filhos gêmeos pequenos e a mulher para sustentar. E seu sogro, Jack Byrnes, aumenta a pressão em cima dele, após o divórcio da outra filha com o preferido Dr. Bob. Apesar da aparente calmaria, Greg, que agora é o chefe do departamento do hospital, acaba sendo assediado pela representante de laboratório vivida por Jessica Alba, gerando várias confusões com o sogro neurótico. Tudo irá culminar na festa de aniversário dos gêmeos, com direito a reunião das duas famílias e de um ex-namorado de Pam.
Toda situação é desculpa para piadas de duplo sentido e algumas são constrangedoras como Dustin Hoffman dançando flamenco ou Barbra Streisand dando conselhos amorosos a Owen Wilson. Isso sem falar de Robert De Niro tomando remédio para ereção. Mas, no geral, a cadência do roteiro de John Hamburg e Larry Stuckey segue uma coerência de nos envolve. Acabamos acompanhando toda a trajetória de mal-entendidos e situações que envolvem a família, o que nos faz dar risada. A direção, que saiu das mãos de Jay Roach para Paul Weitz, manteve o mesmo padrão. O problema é que a fórmula já está desgastada, então, temos a sensação de uma obra inferior.
A sensação também é que temos um desperdício de elenco. De Niro e Ben Stiller tem uma ótima química e poderiam gerar situações cada vez mais engraçadas, o problema é que tudo já havia sido mostrado no primeiro filme. Se já tinha achado as participações de Barbra Streisand e Dustin Hoffman lamentáveis na continuação, nessa terceira parte eles conseguem superar as situações constrangedoras. Uma pena. Já a participação de Jessica Alba, apesar de exagerada, até que faz sentido e é interessante de acompanhar. Agora, engraçado mesmo é o clima na futura escola dos gêmeos. As situações ali são o que tem de melhor no filme.
Pode não ser a comédia do ano, mas também não tem potencial para entrar na lista dos piores. Uma comédia boba, mas divertida que pode gerar uma hora e pouco de lazer. Só não dá para levar as crianças porque as piadas de sexo são muitas. Nos resta torcer para que a Universal Pictures não nos surpreenda com um quarto filme. Ninguém vai suportar algo do tipo "Entrando numa fria maior ainda com a família, o cachorro, o papagaio e o periquito".
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Entrando em uma fria maior ainda com a família
2011-01-19T08:42:00-03:00
Amanda Aouad
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