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Santuário
Santuário
O chamariz do cartaz é o fato da produção ser assinada por James Cameron com a mesma tecnologia desenvolvida para Avatar. Tudo bem que Santuário é em 3D e tem um jogo de profundidade interessante, mas esqueça Avatar ou vai se decepcionar com o filme. Até porque à medida em que os espaços vão apertando, a tal profundidade vai diminuindo e temos poucas percepções do 3D em tela. Mas, interessante é que mesmo não percebendo, o efeito está lá e ajuda na sensação de claustrofobia que sentimos. Na verdade, o filme é baseado em uma história vivida pelo roteirista Andrew Wight, que ficou preso em uma caverna junto a outras 14 pessoas por dois dias.
A trama gira em torno de uma expedição em uma caverna sub-aquática nos confins do planeta. Vários túneis e etapas aprofundam a exploração na tentativa de encontrar lugares nunca antes habitados. Uma tempestade, no entanto, acaba prendendo parte do grupo que tem que encontrar outra saída do local. O líder do grupo, Frank McGuire, tenta manter a calma, agindo racionalmente, enquanto alguns são levados pela emoção, incluindo seu filho Josh, que nunca suportou o trabalho do pai. A equipe conta ainda com o economista Carl e sua namorada Victoria, além do mergulhador George e do nativo Luko.
O diretor Alister Grierson consegue construir uma ação tensa e quase sufocante com as paisagens e situação que tem nas mãos. Mesmo que a maior parte da história seja óbvia para quem conhece o tipo de filme, conseguimos torcer pelos personagens e nos envolver com seu desespero. Agora, o roteiro de Andrew Wight e John Garvin é repleto de clichês e estereótipos do gênero. Isso incomoda um pouco. Pai e filho que se estranham e na situação limite vão se entender. Mulher burra que sempre faz alguma coisa para atrapalhar. O personagem que enlouquece e se vira contra o grupo. O líder ranzinza que sempre tem razão. A história é essa colcha de retalhos de sempre. Mas funciona.
Santuário lembra todos os filmes de expedição que deram errado, seja em caverna, mar ou montanhas. O interessante é que ele acaba misturando os três estilos em uma mesma história, já que o grupo está em uma caverna, mas tem que mergulhar e escalar. A projeção nos faz comprar que aquela é uma aventura única. Indo onde o homem nunca foi antes. Tirando um detalhe ou outro, nada é muito diferente do que já vimos por aí. Principalmente ao final da história. Os atores cumprem seu papel, sem nenhum destaque.
Talvez as declarações de James Cameron atrapalhem o resultado de Santuário, já que o produtor do filme andou falando que essa é a experiência única em 3D, muito superior a Avatar. Tudo bem, eu senti claustrofobia, mas chega desse negócio de o melhor, o mais incrível, o mais completo... É um filme interessante. Principalmente de ver no cinema. Não muito mais que isso.
Santuário (Sanctum, 2011 / Austrália , EUA)
Direção: Alister Grierson
Roteiro: John Garvin, Andrew Wight
Com: Richard Roxburgh, Rhys Wakefield, Allison Cratchley, Christopher Baker
Duração: 79 min.
A trama gira em torno de uma expedição em uma caverna sub-aquática nos confins do planeta. Vários túneis e etapas aprofundam a exploração na tentativa de encontrar lugares nunca antes habitados. Uma tempestade, no entanto, acaba prendendo parte do grupo que tem que encontrar outra saída do local. O líder do grupo, Frank McGuire, tenta manter a calma, agindo racionalmente, enquanto alguns são levados pela emoção, incluindo seu filho Josh, que nunca suportou o trabalho do pai. A equipe conta ainda com o economista Carl e sua namorada Victoria, além do mergulhador George e do nativo Luko.
O diretor Alister Grierson consegue construir uma ação tensa e quase sufocante com as paisagens e situação que tem nas mãos. Mesmo que a maior parte da história seja óbvia para quem conhece o tipo de filme, conseguimos torcer pelos personagens e nos envolver com seu desespero. Agora, o roteiro de Andrew Wight e John Garvin é repleto de clichês e estereótipos do gênero. Isso incomoda um pouco. Pai e filho que se estranham e na situação limite vão se entender. Mulher burra que sempre faz alguma coisa para atrapalhar. O personagem que enlouquece e se vira contra o grupo. O líder ranzinza que sempre tem razão. A história é essa colcha de retalhos de sempre. Mas funciona.
Santuário lembra todos os filmes de expedição que deram errado, seja em caverna, mar ou montanhas. O interessante é que ele acaba misturando os três estilos em uma mesma história, já que o grupo está em uma caverna, mas tem que mergulhar e escalar. A projeção nos faz comprar que aquela é uma aventura única. Indo onde o homem nunca foi antes. Tirando um detalhe ou outro, nada é muito diferente do que já vimos por aí. Principalmente ao final da história. Os atores cumprem seu papel, sem nenhum destaque.
Talvez as declarações de James Cameron atrapalhem o resultado de Santuário, já que o produtor do filme andou falando que essa é a experiência única em 3D, muito superior a Avatar. Tudo bem, eu senti claustrofobia, mas chega desse negócio de o melhor, o mais incrível, o mais completo... É um filme interessante. Principalmente de ver no cinema. Não muito mais que isso.
Santuário (Sanctum, 2011 / Austrália , EUA)
Direção: Alister Grierson
Roteiro: John Garvin, Andrew Wight
Com: Richard Roxburgh, Rhys Wakefield, Allison Cratchley, Christopher Baker
Duração: 79 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Santuário
2011-02-03T08:05:00-03:00
Amanda Aouad
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