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Eterna Liz Taylor

Liz TaylorTalvez a nova geração não consiga compreender a importância de Elizabeth Taylor para a história do cinema. Representante do verdadeiro star system do cinema clássico norte-americano, Liz Taylor era uma diva com toda a grandeza que a palavra pode significar. Seu erro, talvez, tenha sido não preservar sua imagem, deixando que a imprensa explorasse ao máximo todos os seus escândalos e problemas afetivos em seu diversos matrimônios, principalmente com o também ator Richard Burton, com quem tinha uma relação conturbada. Mas, Taylor também era famosa por sua beleza, e seus peculiares olhos azuis violeta. Além de ser uma militante de causas nobres, principalmente no combate a AIDS, doença que levou um de seus melhores amigos, o ator Rock Hudson. E, claro, por seu talento como atriz, que lhe renderam dois Oscars, o maior salário de Hollywood na época e filmes que estão na nossa memória. Liz Taylor finalmente descansa, após anos de luta contra problemas de saúde. Não lamento exatamente a sua partida, já que não somos imortais e acredito em um descanso e vida melhor depois dessa. Lamento que sua última participação no cinema tenha sido em 1994 como a sogra de Fred Flintstone, sem contar com duas aparições rápidas em séries de televisão. Dezessete anos longe das telas e do público a fazem ser lembrada apenas como a amiga excêntrica de Michael Jackson por muitos ou como a representante de associações filantrópicas. Fico feliz de ter sido apresentada a essa atriz por minha mãe, que sempre amou os grandes filmes dela, e ter podido estudá-los em minha trajetória de cinéfila. Esse legado é que faz de Taylor uma imortal em nossas mentes. Relembro aqui os que mais gosto.

Liz Taylor
Gata em Teto de Zinco Quente
Como é esperado de um texto original para o teatro, Gata em Teto de Zinco Quente tem sua força nos diálogos e nas interpretações dele. Não por acaso é lembrado por muitos como um dos melhores papéis de Liz Taylor. Maggie é uma mulher frustrada com um marido alcóolatra, em outra ótima atuação de Paul Newman, que ela ama profundamente, mas por quem é desprezada. Este papel lhe rendeu uma das cinco indicações ao Oscar de sua carreira.


Liz Taylor
De repente, no último verão
Outra indicação ao Oscar, é daqueles filmes que nos arrebata de emoção. Forte, denso, memorável. Aqui Taylor contracena com Katherine Hepburn e ambas dão show de interpretação. Uma como a sobrinha internada e a outra como a tia que quer se livrar do fardo através de uma lobotomia. Os minutos finais dão a dimensão exata da capacidade dessa atriz.

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A Megera Domada
Outro texto vindo de uma peça teatral, dessa vez de William Shakespeare, a eterna briga entre Catarina e Petrúquio tem um valor especial para mim por ter sido o primeiro filme que vi da atriz. Contracenando com Richard Burton, parecia que a vida imitava a realidade, já que o casal brigou muito a vida inteira, mas também se amou com a mesma intensidade.

Liz Taylor
Assim caminha a humanidade
Outro clássico muito lembrado onde contracenou com Rock Hudson e James Dean, dois astros que foram cedo, deixando sua fama. Aqui Taylor é Leslie, esposa do personagem de Rock Hudson e paixão de James Dean. Contando um pouco da história do Texas, petróleo e trajetórias familiares, é um daqueles épicos inesquecíveis que ficam em nossa memória. E olha que eu só vi uma vez, quando ainda era pequena, preciso rever urgentemente.

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Cleópatra
Outro clássico que ficou marcado pelo primeiro cachê de um milhão dado a uma atriz. Cleópatra é grandioso como a rainha do Egito, a cena de sua entrada em Roma é uma superprodução pouco vista na época. Foi um verdadeiro exagero, por mais bem feito que possa ter parecido e as bilheterias não conseguiram justificar o orçamento. Mas, Liz Taylor é sempre Liz Taylor, ainda mais com Richard Burton como Marco Antonio.

Liz Taylor
Quem tem medo de Virgínia Woolf?
Mais um texto vindo do teatro com toda a carga dramática nos diálogos. O que dizer de um filme onde todos os integrantes do elenco foram indicados ao Oscar? E Liz Taylor consegue se destacar como Martha, papel que lhe rendeu a segunda estatueta da carreira. O melhor do filme é essa junção dessas quatro pessoas em um mesmo espaço, em uma noite desencavando verdades incômodas.


Crédito especial para o primeiro Oscar da atriz em Disque Butterfield 8, filme que ainda não vi.


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