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Sete dias com Marilyn
Sete dias com Marilyn
Marilyn Monroe é um ícone, um mito, uma fantasia, uma estrela. E o maior mérito do filme de Simon Curtis é nos fazer crer que aqui, podemos estar mais próximos de compreender a carga dessa personagem e a verdadeira mulher por trás dela. Tudo isso, graças, principalmente, a ótima atuação de Michelle Williams que nos convence estar diante da diva em pessoa.
Baseado nos livros de Colin Clark ("My Week with Marilyn" e "The Prince, the Showgirl and Me"), o filme nos mostra o período em que Marilyn Monroe passou na Inglaterra filmando O Príncipe Encantado, dirigido e protagonizado por Laurence Olivier. A trama nos é apresentada a partir do olhar do jovem Colin, um amante da sétima arte que faz de tudo para entrar no "circo", se tornando o terceiro assistente de direção da película. Sempre disposto a tudo para mostrar seu valor, Colin acaba se aproximando mais de Marilyn do que muitos gostariam ou achariam permitido, transformando sua jornada em uma experiência erótica inesquecível para qualquer recém saído da adolescência.
O filme tem altos e baixos, mas nos conduz perfeitamente nesses bastidores do cinema. Exagera em algumas representações do horror de Laurence Olivier ao método Stanislavski, por exemplo, nos apresentando a preparadora de elenco de Marilyn quase como uma general à sua volta. Além de dar pinceladas de Vivien Leigh em crise de idade e com medo de seu marido se encantar demais pela estrela de Hollywood. Mas, nos ajuda na compreensão do clima que se transformou os bastidores do filme. Os atrasos e erros de Marilyn Monroe, além de sua incansável necessidade de compreender a personagem Elsie.
Mas, "quando Marilyn acerta, você não consegue olhar para mais ninguém", sentenciam os que assistem às cenas dos filmes. E é isso que Simon Curtis constrói a cada minuto. Primeiro, iniciando o filme com uma cena de Colin Clark maravilhado no cinema ao ver sua musa se apresentando. Uma performance incrível de Michelle Williams em uma compilação das músicas "When Love Goes Wrong" (Os Homens Preferem as Loiras) e "Heat Wave" (O Mundo da Fantasia). Depois temos toda a preparação para o filme e a insistência do rapaz em estar nele, para apenas doze minutos depois de projeção surgir a personagem. Ou seja, a preparação e expectativa crescem ao seu respeito.
E o mito vai se formando. A cada momento em que ela erra uma fala, sofre por não compreender o personagem, ou joga charme nos homens, como na cena no castelo de Windsor onde faz poses e expressões que a deixaram famosa. Até mesmo no tom de voz, Michelle Williams nos convence, com um tom dengoso que deixa os homens aos seus pés. Mesmo com toda a irritação, Laurence Olivier, em uma bela interpretação de Kenneth Branagh passa a sua admiração por aquela figura. Talvez mais do que os atrasos ou os erros, o que o incomode seja não ser o centro das atenções daquela mulher, que prefere até mesmo seu terceiro assistente. O mito ainda é bem demonstrado nas poucas cenas em que sai do estúdio e é cercada por milhares de admiradores.
Eddie Redmayne nos traz outra interpretação marcante, como o jovem Colin Clark, que nos convence de todo o seu fascínio pelo cinema, por Marilyn e por tudo aquilo que está vivenciando. Sua jornada é envolvente e gostosa de acompanhar, mesmo quando largar o seu pequeno flerte com a garota do figurino. Garota esta que merece destaque também por ser o primeiro papel de Emma Watson após o fenômeno Harry Potter. E conseguimos ver aqui que a atriz amadureceu e se tornou de fato uma mulher. Outra boa surpresa é a participação de Julia Ormond como Vivien Leigh, a eterna Scarlett O´Hara. Desde O Curioso Caso de Benjamin Button, a atriz que já foi Sabrina e objeto de disputa entre irmãos em Lendas da Paixão, não tinha destaque no cinema.
Sete dias com Marilyn é, então, um bom filme, com ótimas performances e um potencial de resgate incrível. Uma homenagem a uma estrela com todos os atributos que essa palavra significa. Poderia ser melhor, perde o ritmo em algumas passagens e se torna caricato em outras. Mas, ainda assim, é digno do fascínio que o mito merece no ano em que se completou 50 anos de sua morte.
Sete dias com Marilyn (My Week with Marilyn, 2011 / EUA)
Direção: Simon Curtis
Roteiro: Adrian Hodges
Com: Michelle Williams, Eddie Redmayne, Kenneth Branagh, Julia Ormond e Emma Watson
Duração: 99 min.
Baseado nos livros de Colin Clark ("My Week with Marilyn" e "The Prince, the Showgirl and Me"), o filme nos mostra o período em que Marilyn Monroe passou na Inglaterra filmando O Príncipe Encantado, dirigido e protagonizado por Laurence Olivier. A trama nos é apresentada a partir do olhar do jovem Colin, um amante da sétima arte que faz de tudo para entrar no "circo", se tornando o terceiro assistente de direção da película. Sempre disposto a tudo para mostrar seu valor, Colin acaba se aproximando mais de Marilyn do que muitos gostariam ou achariam permitido, transformando sua jornada em uma experiência erótica inesquecível para qualquer recém saído da adolescência.
O filme tem altos e baixos, mas nos conduz perfeitamente nesses bastidores do cinema. Exagera em algumas representações do horror de Laurence Olivier ao método Stanislavski, por exemplo, nos apresentando a preparadora de elenco de Marilyn quase como uma general à sua volta. Além de dar pinceladas de Vivien Leigh em crise de idade e com medo de seu marido se encantar demais pela estrela de Hollywood. Mas, nos ajuda na compreensão do clima que se transformou os bastidores do filme. Os atrasos e erros de Marilyn Monroe, além de sua incansável necessidade de compreender a personagem Elsie.
Mas, "quando Marilyn acerta, você não consegue olhar para mais ninguém", sentenciam os que assistem às cenas dos filmes. E é isso que Simon Curtis constrói a cada minuto. Primeiro, iniciando o filme com uma cena de Colin Clark maravilhado no cinema ao ver sua musa se apresentando. Uma performance incrível de Michelle Williams em uma compilação das músicas "When Love Goes Wrong" (Os Homens Preferem as Loiras) e "Heat Wave" (O Mundo da Fantasia). Depois temos toda a preparação para o filme e a insistência do rapaz em estar nele, para apenas doze minutos depois de projeção surgir a personagem. Ou seja, a preparação e expectativa crescem ao seu respeito.
E o mito vai se formando. A cada momento em que ela erra uma fala, sofre por não compreender o personagem, ou joga charme nos homens, como na cena no castelo de Windsor onde faz poses e expressões que a deixaram famosa. Até mesmo no tom de voz, Michelle Williams nos convence, com um tom dengoso que deixa os homens aos seus pés. Mesmo com toda a irritação, Laurence Olivier, em uma bela interpretação de Kenneth Branagh passa a sua admiração por aquela figura. Talvez mais do que os atrasos ou os erros, o que o incomode seja não ser o centro das atenções daquela mulher, que prefere até mesmo seu terceiro assistente. O mito ainda é bem demonstrado nas poucas cenas em que sai do estúdio e é cercada por milhares de admiradores.
Eddie Redmayne nos traz outra interpretação marcante, como o jovem Colin Clark, que nos convence de todo o seu fascínio pelo cinema, por Marilyn e por tudo aquilo que está vivenciando. Sua jornada é envolvente e gostosa de acompanhar, mesmo quando largar o seu pequeno flerte com a garota do figurino. Garota esta que merece destaque também por ser o primeiro papel de Emma Watson após o fenômeno Harry Potter. E conseguimos ver aqui que a atriz amadureceu e se tornou de fato uma mulher. Outra boa surpresa é a participação de Julia Ormond como Vivien Leigh, a eterna Scarlett O´Hara. Desde O Curioso Caso de Benjamin Button, a atriz que já foi Sabrina e objeto de disputa entre irmãos em Lendas da Paixão, não tinha destaque no cinema.
Sete dias com Marilyn é, então, um bom filme, com ótimas performances e um potencial de resgate incrível. Uma homenagem a uma estrela com todos os atributos que essa palavra significa. Poderia ser melhor, perde o ritmo em algumas passagens e se torna caricato em outras. Mas, ainda assim, é digno do fascínio que o mito merece no ano em que se completou 50 anos de sua morte.
Sete dias com Marilyn (My Week with Marilyn, 2011 / EUA)
Direção: Simon Curtis
Roteiro: Adrian Hodges
Com: Michelle Williams, Eddie Redmayne, Kenneth Branagh, Julia Ormond e Emma Watson
Duração: 99 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Sete dias com Marilyn
2012-05-01T08:30:00-03:00
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