![O Outro Mundo O Outro Mundo](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDtDCPISADE1QQ-9O_6zdyPokYQuMexZn-QM3vIVyCwd-79y_uklJdXewWrKKFH2qvus_CSTs_fAIlUdAKZZqS0OTLmyau_kB1uwmH59v6Cg0brAc2i3OnFnSfmUp013KNc7z7qnERhpk/s200/outromundo-01.jpg)
A trama gira em torno de Gaspard, vivido por Grégoire Leprince-Ringuet. Um rapaz normal, que vive com seus amigos e sua namoradinha Marion (Pauline Etienne), mas que ao encontrar um celular em um banheiro público começa uma perseguição perigosa a uma loira sensual. Essa loira possui um segredo que envolve um jogo virtual chamado Black Hole e uma espécie de seita pró-suicídio. E Gaspard acaba se envolvendo mais do que gostaria em tudo aquilo.
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A figura de Sam, ou melhor de Audrey, interpretada por Louise Bourgoin, chama a atenção desde a sua primeira aparição. Enquanto Sam, sua persona no Black Hole, ela é uma mulher sensual, o estereótipo da femme fatale dos filmes noir. Já na vida, real, Audrey tem uma aura de mistério, uma coisa meio gótica em sua aparição na igreja, com aquelas roupas e capuz. Não é por acaso que Gaspard fica tão fascinado e curioso com aquela figura. E quando a salva da tentativa de suicídio fica ainda mais enfeitiçado, por ter a fita onde ela parece conversar com ele e o convidar para ir à Praia Negra.
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O roteiro de O Outro Mundo, no entanto, acaba sendo pouco explorado. Marion fica esquecida boa parte da trama, sendo que foi quem deu o start em tudo aquilo. Ela foi a primeira a ficar tão curiosa, a responder o telefonema, a perseguir "Dragon", estranho que esqueça tudo tão facilmente. Assim como o mistério e virada na parte final, acabem se tornando óbvios por alguns detalhes. Falta frescor e novidade à história. Tudo é muito deduzível.
Ainda assim há um tom envolvente em tudo aquilo. Uma espécie de Veludo Azul cibernético. Ficamos curiosos com a investigação inicial e ainda mais curiosos com aquela plataforma e o submundo que desperta. Assim como o jogo entre Audrey e o irmão possessivo que a controla de perto, mas parece deixar que a moça brinque naquele universo virtual de uma maneira tão livre.
Por isso, O Outro Mundo acaba sendo um filme instigante. Nos deixa envolvidos durante sua projeção, mesmo que tenha algumas pedras no caminho. Seu ritmo lento, contemplativo, acaba não dialogando tanto com o mundo virtual, talvez por isso, este fique tão em segundo plano, enquanto é fundamental para a história. De qualquer maneira, é uma experiência enriquecedora.
O Outro Mundo (L'autre monde, 2010 / Bélgica)
Direção: Gilles Marchand
Roteiro: Gilles Marchand e Dominik Moll
Com: Grégoire Leprince-Ringuet, Louise Bourgoin, Melvil Poupaud
Duração: 105 min.