Tinker Bell: Fadas e Piratas
Na minha época era Sininho e vivia sempre ao lado de Peter Pan. De um tempo para cá, no entanto, a Disney tem investido na personagem e Tinker Bell ganhou aventuras próprias como O Segredo das Fadas, Tesouro Perdido e diversos outros em vídeo. Fadas e Piratas vem continuar as aventuras da fadinha artesã e torná-la mais próxima do que conhecemos em suas aventuras com Peter Pan, ou pelo menos com outros personagens do universo.
Tudo começa com o drama da fadinha Zarina que quer fazer experimentos com o pozinho mágico, mas é proibida, acabando expulsa da comunidade. Buscando se vingar e ao mesmo tempo provar o seu valor, ela acaba se unindo a um grupo de piratas, liderados por James que tem o plano de fazer o seu navio voar para saquear todas as cidades, tornando-se o dono da Terra do Nunca.
Bastante infantil, a animação não deixa de ser bem feita. Trazendo bons momentos de vôos e demonstrações de poderes do pozinho e cada fadinha. Em determinado momento, Zarina troca os talentos do grupo principal, e elas se debatem com as dificuldades e nova adaptação. Ainda assim, tudo se torna divertido, não sendo forçado, apesar de diversas piadas clichês.
A moral da história é bem desenvolvida, nos dando a visão de que devemos sempre estar abertos ao novo. Seguir regras é importante, mas também não podemos negar o surgimento de novos talentos, nem podar a criatividade dos mais jovens. Se fosse compreendida antes, Zarina não teria aprontado todas as confusões que aprontou, por exemplo.
Para os adultos, no entanto, o mais interessante é mesmo as referências ao Capitão Gancho e todos os seus traumas pregressos. Ainda que não deixe explícito a princípio, é quase óbvio desde a primeira aparição do "gentil" James, que ele é o velho conhecido James Hook. São vários os indícios dos trejeitos. Da mesma forma que vemos o nascimento de Tic Tac e o momento em que ele engole um relógio, fazendo jus ao apelido.
A brincadeira perde um pouco da graça na parte final, quando tudo se torna mais explícito, chegando ao ponto de James pegar um gancho para lutar em uma cena. Isso sem falar na parte final com uma frase vinda de outro personagem conhecido "oh, mas que belo gancho".
No mundo das fadas, o encanto continua sendo o mesmo para crianças. Tem até uma citação rápida ao filme anterior, O Segredo das Fadas, com a irmã de Tinker Bell na plateia de um evento. Como já disse, bastante infantil, sem grandes atrativos para o público adulto. Ainda assim, uma obra bem feita que deve encantar e divertir os pequenos.
Tinker Bell: Fadas e Piratas (The Pirate Fairy, 2014 / EUA)
Direção: Peggy Holmes
Roteiro: (não creditado)
Duração: 78 min.
Tudo começa com o drama da fadinha Zarina que quer fazer experimentos com o pozinho mágico, mas é proibida, acabando expulsa da comunidade. Buscando se vingar e ao mesmo tempo provar o seu valor, ela acaba se unindo a um grupo de piratas, liderados por James que tem o plano de fazer o seu navio voar para saquear todas as cidades, tornando-se o dono da Terra do Nunca.
Bastante infantil, a animação não deixa de ser bem feita. Trazendo bons momentos de vôos e demonstrações de poderes do pozinho e cada fadinha. Em determinado momento, Zarina troca os talentos do grupo principal, e elas se debatem com as dificuldades e nova adaptação. Ainda assim, tudo se torna divertido, não sendo forçado, apesar de diversas piadas clichês.
A moral da história é bem desenvolvida, nos dando a visão de que devemos sempre estar abertos ao novo. Seguir regras é importante, mas também não podemos negar o surgimento de novos talentos, nem podar a criatividade dos mais jovens. Se fosse compreendida antes, Zarina não teria aprontado todas as confusões que aprontou, por exemplo.
Para os adultos, no entanto, o mais interessante é mesmo as referências ao Capitão Gancho e todos os seus traumas pregressos. Ainda que não deixe explícito a princípio, é quase óbvio desde a primeira aparição do "gentil" James, que ele é o velho conhecido James Hook. São vários os indícios dos trejeitos. Da mesma forma que vemos o nascimento de Tic Tac e o momento em que ele engole um relógio, fazendo jus ao apelido.
A brincadeira perde um pouco da graça na parte final, quando tudo se torna mais explícito, chegando ao ponto de James pegar um gancho para lutar em uma cena. Isso sem falar na parte final com uma frase vinda de outro personagem conhecido "oh, mas que belo gancho".
No mundo das fadas, o encanto continua sendo o mesmo para crianças. Tem até uma citação rápida ao filme anterior, O Segredo das Fadas, com a irmã de Tinker Bell na plateia de um evento. Como já disse, bastante infantil, sem grandes atrativos para o público adulto. Ainda assim, uma obra bem feita que deve encantar e divertir os pequenos.
Tinker Bell: Fadas e Piratas (The Pirate Fairy, 2014 / EUA)
Direção: Peggy Holmes
Roteiro: (não creditado)
Duração: 78 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Tinker Bell: Fadas e Piratas
2014-03-25T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
animacao|aventura|critica|fici2014|infantil|Peggy Holmes|
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