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Capitão América 2: O Soldado Invernal
Capitão América 2: O Soldado Invernal
Quem diria que depois de Os Vingadores, seria o Capitão América a nos empolgar em um novo filme da Marvel. Pois, o segundo filme do primeiro vingador é um dos melhores filmes que a Marvel já nos apresentou, com direito a efeitos especiais da Lucasfilm e um roteiro que trabalha muito bem o universo proposto, repleto de personagens, mas todos com funções bem definidas.
Assim como os demais filmes solos, encontramos o Capitão América após "os acontecimentos de Nova York". Ele está liderando missões secretas da S.H.I.E.L.D. e se incomoda com a postura de Nick Fury que parece estar sempre escondendo algo. Além disso, sente-se deslocado em um mundo tão diferente da época em que vivia, sempre relembrando o passado e as pessoas que deixou para trás. Mas, ao lado de Natasha Romanoff, a Viúva Negra, ele terá que enfrentar um novo inimigo ameaçador conhecido como Soldado Invernal e um estranho esquema chamado de H.I.D.R.A.
O filme já começa tenso com uma missão de resgate de agentes da S.H.I.E.L.D. e essa é apenas uma das muitas cenas de ação da trama. Todas bem desenvolvidas, variando nos recursos, nas câmeras e na própria construção da emoção e surpresa, como o ataque ao carro de Nick Fury, que traz bastante adrenalina à trama sem precisar recorrer a poderes ultra humanos. Mas, que quando entram, também empolgam, a exemplo dos duelos entre o Capitão América e o Soldado Invernal.
Um detalhe que tem incomodado nos filmes de heróis atuais é a falta de cuidado com a identidade do herói, a exemplo do último Homem Aranha que tirava a máscara como quem estivesse tirando um chapéu. No caso de Capitão América temos um inverso interessante. Primeiro, ele não precisa se esconder. É pública sua identidade como o super soldado Steve Rogers, ainda assim, ele encarna a persona do Capitão com uma máscara. E para tirá-la, os roteiristas criam uma situação com um adversário que diz: "quero ver se você é algo além do escudo". Ele então, larga o escudo e tira a máscara que serve também como capacete, ficando em igualdade com o oponente.
Destaco esse cuidado como exemplo diante de tantos outros acertos do roteiro, que consegue desenvolver bem a trama, nos apresentando diversos personagens, sem deixar nada solto ou confuso. A economia narrativa é eficiente, nos envolvendo com a história e nos deixando mais próximos de um personagem que sempre pareceu tão distante pelos valores que representava. Aqui, o Capitão América nos parece mais um homem em busca de si mesmo e da justiça, sem tantas bandeiras partidárias ou representações nacionalistas.
O tema político nos leva para além da premissa nacionalista norte-americana, discutindo questões ideológicas e liberdade. Um jogo bem mais perigoso, mas que traz reflexões também mais instigantes sobre as escolhas estratégicas do poder. Isso traz mais profundidade ao filme, que não se torna apenas mais uma aventura corrida de super heróis como os filmes de Hollywood insistem em tratar os quadrinhos.
Tudo parece bem dosado em Capitão América, o roteiro é bom, a direção é competente, os efeitos impressionam, a montagem é ágil. Apenas o 3D parece destoar, tornando-se um supérfluo desnecessário. Há uma cena logo no início em que a profundidade de campo está baixíssima, tendo apenas o personagem focado e todo o resto desfocado. Técnica que, entre outras coisas, serve para nos dar a sensação de profundidade na tela. Curiosamente, com o 3D, isso ficou ainda mais destacado, dando um efeito interessante, mas tirando isso, não se nota diferenças relevantes.
De qualquer maneira, Capitão América 2: O Soldado Invernal é um filme competente que nos empolga e nos deixa com esperanças em relação ao novo filme de Os Vingadores. Só nos resta esperar que a Marvel acerte mais uma vez, agradando tanto fãs dos quadrinhos quanto o público diverso dos cinemas.
Ah, como não poderia deixar de ser em um filme da Marvel, temos uma participação especial de Stan Lee em uma cena curta, mas hilária, até pela frase que ele diz. E, claro, cenas pós-créditos. Assim como em Thor: O Mundo Sombrio, temos duas, uma durante os créditos e outra ao final. Então, sem pressa de sair do cinema, né?
Capitão América 2: O Soldado Invernal (Captain America: The Winter Soldier, 2014 / EUA)
Direção: Anthony Russo, Joe Russo
Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely
Com: Chris Evans, Samuel L. Jackson, Scarlett Johansson, Robert Redford, Anthony Mackie, Sebastian Stan
Duração: 136 min.
Assim como os demais filmes solos, encontramos o Capitão América após "os acontecimentos de Nova York". Ele está liderando missões secretas da S.H.I.E.L.D. e se incomoda com a postura de Nick Fury que parece estar sempre escondendo algo. Além disso, sente-se deslocado em um mundo tão diferente da época em que vivia, sempre relembrando o passado e as pessoas que deixou para trás. Mas, ao lado de Natasha Romanoff, a Viúva Negra, ele terá que enfrentar um novo inimigo ameaçador conhecido como Soldado Invernal e um estranho esquema chamado de H.I.D.R.A.
O filme já começa tenso com uma missão de resgate de agentes da S.H.I.E.L.D. e essa é apenas uma das muitas cenas de ação da trama. Todas bem desenvolvidas, variando nos recursos, nas câmeras e na própria construção da emoção e surpresa, como o ataque ao carro de Nick Fury, que traz bastante adrenalina à trama sem precisar recorrer a poderes ultra humanos. Mas, que quando entram, também empolgam, a exemplo dos duelos entre o Capitão América e o Soldado Invernal.
Um detalhe que tem incomodado nos filmes de heróis atuais é a falta de cuidado com a identidade do herói, a exemplo do último Homem Aranha que tirava a máscara como quem estivesse tirando um chapéu. No caso de Capitão América temos um inverso interessante. Primeiro, ele não precisa se esconder. É pública sua identidade como o super soldado Steve Rogers, ainda assim, ele encarna a persona do Capitão com uma máscara. E para tirá-la, os roteiristas criam uma situação com um adversário que diz: "quero ver se você é algo além do escudo". Ele então, larga o escudo e tira a máscara que serve também como capacete, ficando em igualdade com o oponente.
Destaco esse cuidado como exemplo diante de tantos outros acertos do roteiro, que consegue desenvolver bem a trama, nos apresentando diversos personagens, sem deixar nada solto ou confuso. A economia narrativa é eficiente, nos envolvendo com a história e nos deixando mais próximos de um personagem que sempre pareceu tão distante pelos valores que representava. Aqui, o Capitão América nos parece mais um homem em busca de si mesmo e da justiça, sem tantas bandeiras partidárias ou representações nacionalistas.
O tema político nos leva para além da premissa nacionalista norte-americana, discutindo questões ideológicas e liberdade. Um jogo bem mais perigoso, mas que traz reflexões também mais instigantes sobre as escolhas estratégicas do poder. Isso traz mais profundidade ao filme, que não se torna apenas mais uma aventura corrida de super heróis como os filmes de Hollywood insistem em tratar os quadrinhos.
Tudo parece bem dosado em Capitão América, o roteiro é bom, a direção é competente, os efeitos impressionam, a montagem é ágil. Apenas o 3D parece destoar, tornando-se um supérfluo desnecessário. Há uma cena logo no início em que a profundidade de campo está baixíssima, tendo apenas o personagem focado e todo o resto desfocado. Técnica que, entre outras coisas, serve para nos dar a sensação de profundidade na tela. Curiosamente, com o 3D, isso ficou ainda mais destacado, dando um efeito interessante, mas tirando isso, não se nota diferenças relevantes.
De qualquer maneira, Capitão América 2: O Soldado Invernal é um filme competente que nos empolga e nos deixa com esperanças em relação ao novo filme de Os Vingadores. Só nos resta esperar que a Marvel acerte mais uma vez, agradando tanto fãs dos quadrinhos quanto o público diverso dos cinemas.
Ah, como não poderia deixar de ser em um filme da Marvel, temos uma participação especial de Stan Lee em uma cena curta, mas hilária, até pela frase que ele diz. E, claro, cenas pós-créditos. Assim como em Thor: O Mundo Sombrio, temos duas, uma durante os créditos e outra ao final. Então, sem pressa de sair do cinema, né?
Capitão América 2: O Soldado Invernal (Captain America: The Winter Soldier, 2014 / EUA)
Direção: Anthony Russo, Joe Russo
Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely
Com: Chris Evans, Samuel L. Jackson, Scarlett Johansson, Robert Redford, Anthony Mackie, Sebastian Stan
Duração: 136 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Capitão América 2: O Soldado Invernal
2014-04-11T08:30:00-03:00
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