
É uma história de amor, não tenham dúvidas. Entre dois adolescentes, Hazel Grace Lancaster e Augustus Waters, ou simplesmente Gus. O que eles têm de diferente dos demais casais? Câncer. Hazel foi diagnosticada com apenas 13 anos e desde, então, luta para sobreviver a um pulmão falho que necessita de um balão de oxigênio o tempo todo. Já Gus, é mais otimista, está há 14 meses sem reincidência e lida com a perda de uma perna de maneira divertida. Suas vidas vão mudar ao encontrar um ao outro, mas o fantasma da morte estará sempre por lá.

Milhares de jovens, crianças e adolescentes sofrem com o câncer. E pouca gente quer falar sobre isso. Quando fala-se, normalmente é pelo ponto de vista dos pais, que sofrem com a doença do ente querido, indefeso ainda diante da vida. Acompanhar pelo ponto de vista do adolescente é ainda mais cruel. Por ser esse eterno contraste do início e fim da vida, ao mesmo tempo.


O casal protagonista Shailene Woodley e Ansel Elgort consegue se sair bem, ainda que não tenham grandes interpretações. Assim como Nat Wolff, que faz o amigo de Gus, Isaac. Destaque mesmo para Willem Dafoe como Peter Van Houten, irritantemente irônico e desprezível. Tudo funciona bem, no final nas contas.
A Culpa é das Estrelas é uma metáfora bela que nos mostra que as pessoas são iguais e querem a mesma coisa. Seja em que circunstância for, mesmo que com a vida contada quando ainda deveria estar começando. Então, vamos beber esse champanhe de estrelas engarrafadas enquanto podemos. Porque ninguém sabe de fato mesmo, quando acabará a nossa vida.
A Culpa é das Estrelas (The Fault in Our Stars, 2014 / EUA)
Direção: Josh Boone
Roteiro: Scott Neustadter, Michael H. Weber
Com: Shailene Woodley, Ansel Elgort, Nat Wolff, Willem Dafoe
Duração: 125 min.