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Terremoto: A Falha de San Andreas
Terremoto: A Falha de San Andreas
Já vi muita gente confundindo pela internet, então, é bom reforçar que Terremoto: A Falha de San Andreas não tem nada a ver com o jogo GTA. É mais um filme catástrofe que destrói o estado da Califórnia e tem Dwayne Johnson salvando o dia, ou melhor, a sua filha.
O eterno The Rock é o piloto de resgate Ray. Sua rotina fica ainda mais eletrizante quando as placas tectônicas da falha de San Andreas causam sucessivos abalos e ameaçam seriamente a cidade de São Francisco. E para piorar, sua filha está na cidade e ele não medirá esforços para resgatá-la.
O filme já começa eletrizante com ele comandando um resgate de uma garota do meio da fenda de San Andreas. Tenho uma visão um pouco distorcida das cenas de ação, é verdade, porque a cabine foi na sala 4DX, então, tudo tremeu, soltou vento, água, fumaça, deixando a adrenalina mais alta e a sessão mais divertida. Por mais que não goste muito do formato, um filme pipoca desses acaba ganhando pontos.
Tentando abstrair o "parque de diversões" e concentrando no filme, há qualidades, ainda que repleto de clichês e estereótipos. Por exemplo, Ray está se divorciando de sua esposa Emma, que já está com um novo relacionamento. Mas, ele não assimilou tão bem ainda a separação, nem sua filha Blake. Então, o personagem Daniel Riddick é construído como o estereótipo do homem imbecil e tudo é feito para termos raiva dele. Assim como temos a certeza de que Ray é o cara com frases que reforçam sua posição como "Se você não pode salvá-la, ninguém mais poderia".
O roteiro consegue lidar bem com três ações paralelas se desenvolvendo, dando ainda mais dinâmica à narrativa que mescla explicações sobre placas, escalas Richter e previsões de tragédias. Acompanhamos ao mesmo tempo, Ray e Emma tentando chegar a São Francisco, Blake e seus dois novos amigos tentando se proteger em meio ao caos, e o cientista Lawrence vivido por Paul Giamatti com sua equipe desvendando os sinais e comunicando a todos com o apoio de uma equipe de reportagem local.
Aliás, todo o núcleo Lawrence acaba sendo construído de maneira orgânica, ainda que não tenha ligação direta com o núcleo protagonista. Fica mais crível o fato do filme não tentar uma ligação forçada, deixando como uma trajetória paralela mesmo ainda que costurando os acontecimentos dos terremotos. Acaba funcionando também como um engate do suspense da trama. Como eles vão antecipando a possível tragédia, nos vemos com uma informação a mais que os protagonistas, criando a expectativa do momento em que tudo vai tremer.
Como todo filme catástrofe, no entanto, há muitos exageros, cenas previsíveis e alguns artifícios para facilitar a vida dos protagonistas. A atenção está neles e nossas emoções são manipuladas para que nos preocupemos com seu sucesso, ainda que o resto do mundo esteja ruindo. Para ampliar ainda mais o drama, os roteiristas acrescentam um fato traumático na família que é evocado em diversos momentos fazendo com que o resgate seja ainda mais obsessivo.
No final das contas Terremoto: A Falha de San Andreas é o que se espera dele, um filme divertido, cheio de cenas de ação, muitos efeitos especiais e algum drama familiar. Nada demais, mas também nada que causa maiores constrangimentos.
Terremoto: A Falha de San Andreas (San Andreas, 2015 / EUA)
Direção: Brad Peyton
Roteiro: Carlton Cuse, Andre Fabrizio, Jeremy Passmore
Com: Dwayne Johnson, Carla Gugino, Alexandra Daddario, Paul Giamatti
Duração: 114 min.
O eterno The Rock é o piloto de resgate Ray. Sua rotina fica ainda mais eletrizante quando as placas tectônicas da falha de San Andreas causam sucessivos abalos e ameaçam seriamente a cidade de São Francisco. E para piorar, sua filha está na cidade e ele não medirá esforços para resgatá-la.
O filme já começa eletrizante com ele comandando um resgate de uma garota do meio da fenda de San Andreas. Tenho uma visão um pouco distorcida das cenas de ação, é verdade, porque a cabine foi na sala 4DX, então, tudo tremeu, soltou vento, água, fumaça, deixando a adrenalina mais alta e a sessão mais divertida. Por mais que não goste muito do formato, um filme pipoca desses acaba ganhando pontos.
Tentando abstrair o "parque de diversões" e concentrando no filme, há qualidades, ainda que repleto de clichês e estereótipos. Por exemplo, Ray está se divorciando de sua esposa Emma, que já está com um novo relacionamento. Mas, ele não assimilou tão bem ainda a separação, nem sua filha Blake. Então, o personagem Daniel Riddick é construído como o estereótipo do homem imbecil e tudo é feito para termos raiva dele. Assim como temos a certeza de que Ray é o cara com frases que reforçam sua posição como "Se você não pode salvá-la, ninguém mais poderia".
O roteiro consegue lidar bem com três ações paralelas se desenvolvendo, dando ainda mais dinâmica à narrativa que mescla explicações sobre placas, escalas Richter e previsões de tragédias. Acompanhamos ao mesmo tempo, Ray e Emma tentando chegar a São Francisco, Blake e seus dois novos amigos tentando se proteger em meio ao caos, e o cientista Lawrence vivido por Paul Giamatti com sua equipe desvendando os sinais e comunicando a todos com o apoio de uma equipe de reportagem local.
Aliás, todo o núcleo Lawrence acaba sendo construído de maneira orgânica, ainda que não tenha ligação direta com o núcleo protagonista. Fica mais crível o fato do filme não tentar uma ligação forçada, deixando como uma trajetória paralela mesmo ainda que costurando os acontecimentos dos terremotos. Acaba funcionando também como um engate do suspense da trama. Como eles vão antecipando a possível tragédia, nos vemos com uma informação a mais que os protagonistas, criando a expectativa do momento em que tudo vai tremer.
Como todo filme catástrofe, no entanto, há muitos exageros, cenas previsíveis e alguns artifícios para facilitar a vida dos protagonistas. A atenção está neles e nossas emoções são manipuladas para que nos preocupemos com seu sucesso, ainda que o resto do mundo esteja ruindo. Para ampliar ainda mais o drama, os roteiristas acrescentam um fato traumático na família que é evocado em diversos momentos fazendo com que o resgate seja ainda mais obsessivo.
No final das contas Terremoto: A Falha de San Andreas é o que se espera dele, um filme divertido, cheio de cenas de ação, muitos efeitos especiais e algum drama familiar. Nada demais, mas também nada que causa maiores constrangimentos.
Terremoto: A Falha de San Andreas (San Andreas, 2015 / EUA)
Direção: Brad Peyton
Roteiro: Carlton Cuse, Andre Fabrizio, Jeremy Passmore
Com: Dwayne Johnson, Carla Gugino, Alexandra Daddario, Paul Giamatti
Duração: 114 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Terremoto: A Falha de San Andreas
2015-05-28T14:30:00-03:00
Amanda Aouad
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