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Asterix e o Domínio dos Deuses
Asterix e o Domínio dos Deuses
Baseado nos famosos personagens de René Goscinny e Albert Uderzo, Asterix e o Domínio dos Deuses não é das melhores animações dos temidos gauleses, mas mantém o o espírito crítico e comparativo com os tempos atuais.
Cansado de perder batalhas para a pequena vila, César resolve mudar de estratégia. Assim, ele ordena a construção do Domínio dos Deuses, um luxuoso condomínio, ao redor da vila gaulesa para impressioná-los, e, assim, convencê-los a se unirem ao Império Romano. Só que a dupla Asterix e Obelix não está nem um pouco disposta a cooperar com os planos de César.
A grande sacada de Asterix é a homologia que ela faz do Império Romano com o nosso mundo, construindo assim sua crítica direcionada aos Estados Unidos. Aqui, o capitalismo é o alvo com toda a sua máscara de livre comércio e vantagens do processo. A pequena vila fica encantada com a possibilidade de ganhar mais com seus alimentos e utensílios, gerando novas dinâmicas locais.
Mas, claro que as piadas trazem sempre o foco do ridículo que pode ser tudo isso. A começar pela promessa de César a uma família em específico que acaba ficando sem casa e passa boa parte do episódio enfrentando burocracias para conseguir algo que eles nem queriam a princípio. Ou quando os gauleses, morando no luxuoso condomínio, começam a se comportar como romanos criando outras situações engraçadas.
Há ainda a questão do desequilíbrio da natureza com o sumiço dos javalis a partir das obras e a questão dos escravos que gera quadros hilários junto com Asterix. Isso sem falar nas brincadeiras dos soldados com medo de enfrentar os gauleses por causa da fama da poção.
De qualquer maneira, Asterix e o Domínio dos Deuses perde em ritmo. A trama não parece sustentar a aventura e o personagem do arquiteto não é tão interessante, deixando muito a desejar em suas cenas. As participações de Obelix também sempre tão engraçadas parecem perder o fôlego junto com a perda de força do gigante gaulês por falta de comida.
De qualquer maneira, é sempre uma aventura divertida revisitar essa simpática vila gaulesa e suas eternas lições ao Império Romano.
Filme visto no FICI - Festival Internacional de Cinema Infantil - 2015
Asterix e o Domínio dos Deuses (Astérix: Le domaine des dieux, 2014 / França)
Direção: Louis Clichy, Alexandre Astier
Roteiro: Louis Clichy, Alexandre Astier, Jean-Rémi François, Philip LaZebnik
Duração: 85 min.
Cansado de perder batalhas para a pequena vila, César resolve mudar de estratégia. Assim, ele ordena a construção do Domínio dos Deuses, um luxuoso condomínio, ao redor da vila gaulesa para impressioná-los, e, assim, convencê-los a se unirem ao Império Romano. Só que a dupla Asterix e Obelix não está nem um pouco disposta a cooperar com os planos de César.
A grande sacada de Asterix é a homologia que ela faz do Império Romano com o nosso mundo, construindo assim sua crítica direcionada aos Estados Unidos. Aqui, o capitalismo é o alvo com toda a sua máscara de livre comércio e vantagens do processo. A pequena vila fica encantada com a possibilidade de ganhar mais com seus alimentos e utensílios, gerando novas dinâmicas locais.
Mas, claro que as piadas trazem sempre o foco do ridículo que pode ser tudo isso. A começar pela promessa de César a uma família em específico que acaba ficando sem casa e passa boa parte do episódio enfrentando burocracias para conseguir algo que eles nem queriam a princípio. Ou quando os gauleses, morando no luxuoso condomínio, começam a se comportar como romanos criando outras situações engraçadas.
Há ainda a questão do desequilíbrio da natureza com o sumiço dos javalis a partir das obras e a questão dos escravos que gera quadros hilários junto com Asterix. Isso sem falar nas brincadeiras dos soldados com medo de enfrentar os gauleses por causa da fama da poção.
De qualquer maneira, Asterix e o Domínio dos Deuses perde em ritmo. A trama não parece sustentar a aventura e o personagem do arquiteto não é tão interessante, deixando muito a desejar em suas cenas. As participações de Obelix também sempre tão engraçadas parecem perder o fôlego junto com a perda de força do gigante gaulês por falta de comida.
De qualquer maneira, é sempre uma aventura divertida revisitar essa simpática vila gaulesa e suas eternas lições ao Império Romano.
Filme visto no FICI - Festival Internacional de Cinema Infantil - 2015
Asterix e o Domínio dos Deuses (Astérix: Le domaine des dieux, 2014 / França)
Direção: Louis Clichy, Alexandre Astier
Roteiro: Louis Clichy, Alexandre Astier, Jean-Rémi François, Philip LaZebnik
Duração: 85 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Asterix e o Domínio dos Deuses
2015-10-24T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
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