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Star Wars - O Império Contra-Ataca
Star Wars - O Império Contra-Ataca
Continuando o nosso review especial da Saga Star Wars, hoje é dia de falar do melhor filme da série até então. Após uma jornada vitoriosa, nosso heróis tem que enfrentar a ira do Império. É nesse filme que conhecemos de fato o enigmático vilão Darth Vader, tudo o que ele é capaz e, claro, sua verdadeira identidade.
O Império Contra-Ataca é um filme sem começo nem fim, mas ainda assim completo. Ele começa no meio de uma jornada, após a vitória do primeiro filme, a Aliança Rebelde está escondida em um sistema distante, enquanto o Império os procura. Darth Vader procura especialmente Luke Skywalker e parece obcecado por isso. É aqui que vemos pela primeira vez também o Imperador, ainda que através de um holograma, e ele quer Luke morto ou convertido ao lado negro.
Na verdade, quem sugere a conversão do jovem Skywalker é Darth Vader, e é interessante que o vilão parece sempre ser mais condescendente com o rapaz. Mesmo quando lutam, ele parece “segurar” a força, não querendo de fato derrotá-lo, muito menos matá-lo. Isso parece claro, ao perceber um homem que é capaz de matar com um simples gesto um almirante que está a grande distância dele, apenas falando por um comunicador visual. Darth Vader é frio, insensível e extremamente forte, poderia matar Luke facilmente, mas ele não quer e sabemos o porquê em breve.
O roteiro do filme assim como o primeiro é construído em etapas. Já começamos com ação no planeta gelado de Hoth, Luke e Solo quase morrem no gelo, o Império ataca e eles precisam fugir, divindo o trio em duas ações paralelas. Vamos acompanhando a saga da Millenium Falcon tentando fugir do Império, enquanto Luke começa o seu treinamento no planeta Dagobah.
Aqui, conhecemos finalmente um dos personagens mais mblemáticos de Star Wars, o Mestre Yoda. E é curiosa a forma como ele nos é apresentado, quebrando nossas expectativas e utilizando os nossos preconceitos para construir efeitos interessantes. Yoda diz que Luke está muito velho para ser treinado como Jedi. É preciso mexer com a estrutura cultural, crenças e referências para iniciar na Força. E assim também somos nós, espectadores que aprendemos com Luke a cada lição. Quem não falharia na caverna ou ao tentar levantar uma nave ? Aliás, tentar nunca, essa é outra grande lição do mestre.
O filme possui uma dinâmica própria. Irvin Kershner é extremamente hábil em suas escolhas ampliando a jornada em composição estética seja em naves bailando pelo espaço ou em detalhes como o estranho treinamento de Luke e o ritmo das diversas batalhas. A câmera respeita o tempo da narrativa e nos apresenta ângulos diferentes daquela jornada, não deixando que fique cansativo em nenhum momento.
O Império Contra-Ataca ainda iria nos reservar experiências intensas na Cidade das Nuvens, com cenas antológicas como o “eu sei”, ou o segredo mais bem guardado da série até então. Foi tanto que a famosa frase, que já virou até música, só foi colocada na montagem final com a voz dublada, na gravação da cena, o ator falou outra coisa. E essa frase muda tudo de fato. Muda nossas expectativas, muda o destino de Luke e de Darth Vader. Muda inclusive, o protagonista da série. E é isso só vamos compreender completamente com a nova trilogia lançada em 1999. Mas, isso fica para o próximo post.
Agora, só nos resta reafirmar que O Império Contra-Ataca é o melhor filme da série até o momento, em emoção, revelações, qualidade técnica e claro, envolvimento, nos deixando na expectativa de como as questões abertas no filme serão de fato resolvidas. Pois tudo o que vemos ao final da projeção são promessas.
Star Wars - O Império Contra-Ataca (Star Wars: Episode V - The Empire Strikes Back, 1980 / EUA)
Direção: Irvin Kershner
Roteiro: Leigh Brackett, Lawrence Kasdan, George Lucas
Com: Mark Hamill, Harrison Ford, Carrie Fisher, David Prowse
Duração: 124 min.
O Império Contra-Ataca é um filme sem começo nem fim, mas ainda assim completo. Ele começa no meio de uma jornada, após a vitória do primeiro filme, a Aliança Rebelde está escondida em um sistema distante, enquanto o Império os procura. Darth Vader procura especialmente Luke Skywalker e parece obcecado por isso. É aqui que vemos pela primeira vez também o Imperador, ainda que através de um holograma, e ele quer Luke morto ou convertido ao lado negro.
Na verdade, quem sugere a conversão do jovem Skywalker é Darth Vader, e é interessante que o vilão parece sempre ser mais condescendente com o rapaz. Mesmo quando lutam, ele parece “segurar” a força, não querendo de fato derrotá-lo, muito menos matá-lo. Isso parece claro, ao perceber um homem que é capaz de matar com um simples gesto um almirante que está a grande distância dele, apenas falando por um comunicador visual. Darth Vader é frio, insensível e extremamente forte, poderia matar Luke facilmente, mas ele não quer e sabemos o porquê em breve.
O roteiro do filme assim como o primeiro é construído em etapas. Já começamos com ação no planeta gelado de Hoth, Luke e Solo quase morrem no gelo, o Império ataca e eles precisam fugir, divindo o trio em duas ações paralelas. Vamos acompanhando a saga da Millenium Falcon tentando fugir do Império, enquanto Luke começa o seu treinamento no planeta Dagobah.
Aqui, conhecemos finalmente um dos personagens mais mblemáticos de Star Wars, o Mestre Yoda. E é curiosa a forma como ele nos é apresentado, quebrando nossas expectativas e utilizando os nossos preconceitos para construir efeitos interessantes. Yoda diz que Luke está muito velho para ser treinado como Jedi. É preciso mexer com a estrutura cultural, crenças e referências para iniciar na Força. E assim também somos nós, espectadores que aprendemos com Luke a cada lição. Quem não falharia na caverna ou ao tentar levantar uma nave ? Aliás, tentar nunca, essa é outra grande lição do mestre.
O filme possui uma dinâmica própria. Irvin Kershner é extremamente hábil em suas escolhas ampliando a jornada em composição estética seja em naves bailando pelo espaço ou em detalhes como o estranho treinamento de Luke e o ritmo das diversas batalhas. A câmera respeita o tempo da narrativa e nos apresenta ângulos diferentes daquela jornada, não deixando que fique cansativo em nenhum momento.
O Império Contra-Ataca ainda iria nos reservar experiências intensas na Cidade das Nuvens, com cenas antológicas como o “eu sei”, ou o segredo mais bem guardado da série até então. Foi tanto que a famosa frase, que já virou até música, só foi colocada na montagem final com a voz dublada, na gravação da cena, o ator falou outra coisa. E essa frase muda tudo de fato. Muda nossas expectativas, muda o destino de Luke e de Darth Vader. Muda inclusive, o protagonista da série. E é isso só vamos compreender completamente com a nova trilogia lançada em 1999. Mas, isso fica para o próximo post.
Agora, só nos resta reafirmar que O Império Contra-Ataca é o melhor filme da série até o momento, em emoção, revelações, qualidade técnica e claro, envolvimento, nos deixando na expectativa de como as questões abertas no filme serão de fato resolvidas. Pois tudo o que vemos ao final da projeção são promessas.
Star Wars - O Império Contra-Ataca (Star Wars: Episode V - The Empire Strikes Back, 1980 / EUA)
Direção: Irvin Kershner
Roteiro: Leigh Brackett, Lawrence Kasdan, George Lucas
Com: Mark Hamill, Harrison Ford, Carrie Fisher, David Prowse
Duração: 124 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Star Wars - O Império Contra-Ataca
2015-11-21T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
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