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Homem-Aranha: Longe de Casa
Homem-Aranha: Longe de Casa
Difícil fazer um filme dentro do universo Marvel tão pouco tempo depois de Vingadores Ultimato. Ainda mais do amigo da vizinhança tão inserido em Nova York em suas aventuras. Tirá-lo do seu habitat em uma excursão da escola pela Europa foi um começo e o filme tem outros méritos.
Há uma sensação aqui de ressaca moral após todos os acontecimentos. As regras do jogo parecem ter mudado, e o próprio Nick Fury parece perdido. A iniciativa Vingadores passou por muita coisa, membros se foram e lidar com algumas consequências ainda é difícil.
Ainda que comece morno e com alguns problemas de exagero da busca pelo tom cômico que permeia todo o Universo Marvel nos cinemas, o roteiro tem muitos méritos. É louvável como ele consegue dar continuidade ao já visto e ao mesmo tempo construir uma aventura própria, respeitando as regras do herói principal da vez.
Ou seja, é um filme do Homem-Aranha, é uma aventura que se organiza e se fecha por si só, mas ao mesmo tempo está completamente envolvida em suas camadas nos filmes anteriores, tendo o Homem de Ferro e seu aparato tecnológico como fio condutor. Não poderia ser diferente, já que nesse universo, o arco do aranha foi todo entrelaçado ao de Tony Stark.
Jon Watts é inteligente também ao se aproveitar do aparato tecnológico e camadas apresentadas por Stark para construir uma estética visual incrível. As batalhas que utilizam a ilusão são criativas e trazem boas referências do universo do Homem Aranha, inclusive do multiverso.
Por outro lado, há uma sensação de que cada filme da Marvel busca uma fórmula quase gratuita de fazer piada de tudo, inclusive em momentos que não pede isso como a conversa de Peter com Nick Fury no quarto. Isso sem falar dos dois professores que acompanham o grupo com estereótipos e gags tolas. Há excessos que só cansam em vez de empolgar, um desgaste talvez natural depois de tantos filmes.
De qualquer maneira, Homem-Aranha: Longe de Casa cumpre seu papel. Busca inovar dentro de um universo já tão explorado, trazendo alguns belos momentos. Emociona ao lidar com as consequências do último filme do grupo e também é inteligente em abrir outras possibilidades não exploradas anteriormente.
É um dos poucos filmes também em que as cenas pós-créditos não são apenas um extra descartável. Uma das cenas abre possibilidades. A outra acaba explicando algumas coisas do que acabamos de ver, tornando o roteiro ainda mais instigante, principalmente em relação a algumas personagens. Pelo visto, a Marvel ainda tem material para muitos e muitos anos no cinema.
Homem-Aranha: Longe de Casa (Spider-Man: Far from Home, 2019 / EUA)
Direção: Jon Watts
Roteiro: Chris McKenna, Erik Sommers
Com: Zendaya, Tom Holland, Angourie Rice, Jake Gyllenhaal, Jon Favreau, Samuel L. Jackson, Marisa Tomei
Duração: 129 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Homem-Aranha: Longe de Casa
2019-07-04T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
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