Megamente
A DreamWorks ainda não consegue ser uma Pixar, mas sempre nos brinda com animações fascinantes. Megamente tem o frescor de criatividade no roteiro de Monstros S.A. e o humor sátiro com várias referências dos primeiros Shreks. Mantendo o nível do último lançamento Como treinar seu dragão, o filme não chega a ser uma fábula tão bonita quanto o anterior, mas é um filme divertido, inteligente e que merece a nossa atenção. Alan J. Schoolcraft e Brent Simons conseguem dar um ritmo bom à trama, nos prendendo na cadeira. Destaque ainda para trilha sonora metal anos 80, com momentos que casam perfeitamente com a cena.
A história traz dois bebês alienígenas que são lançados em cápsulas por seus pais no espaço para proteger da destruição do planeta de origem. Qualquer semelhança com um certo homem de aço, não é mera coincidência. Metro Man é um bebezinho robusto, branco, fofinho, que vai parar em uma mansão fantástica, onde é criado com todo amor e carinho. MegaMente é um bebê azul do cabeção que é jogado pela cápsula de Metro Man em uma prisão e criado pelos bandidos mais perigosos de lá. Jovens, os dois se encontram na escola e começa a rivalidade. Cansado de ser excluído das brincadeiras, MegaMente resolve assumir a identidade de vilão, começando a eterna luta do bem contra o mal.
A forma como os personagens são apresentados é inteligente e divertida. Mas, o mais interessante do roteiro é a maneira como nos surpreende a cada plot. Várias referências às histórias de Superman estão claras no filme: como sua origem, a repórter apaixonada, as poses e até a morte. Sem falar da hilária caracterização de Marlon Brando como o pai espacial que vai treinar o novo herói. Antes que alguém me acuse de spoiler, a morte de Metro Man e a criação de um novo herói está na sinopse do filme. Só para deixar claro. Aliás, não vejam o segundo trailer que está disponível por aí, porque ele conta mais do que deveria, revelando surpresas futuras.
A construção do anti-herói MegaMente também é brilhante. Ele é o protótipo do vilão atrapalhado que está no limiar da regeneração. Após Meu Malvado Favorito, ficamos esperando uma solução mágica, mas MegaMente é coerente com sua construção psicológica, tornando toda sua trajetória mais do que crível. É bem realizada e digna de aplausos. Seus bichinhos eletrônicos também podem lembrar os minions de Meu Malvado, assim como o cientista. Só que dessa vez, temos um peixe alienígena chamado Criado, que é um charme à parte.
Pelo visto, mais uma vez, o público brasileiro não poderá conferir a voz original de Will Ferrell, Tina Fey e Brad Pitt, entre outros, já que os cinemas chegam com cópias dubladas. Nada contra a dublagem brasileira, que é sempre muito boa, mas é interessante conferir as vozes originais, principalmente pelas piadas e referências que se perdem na tradução, como a mania de MegaMente de trocar a pronúncia das palavras. Na versão brasileira, a voz famosa fica por conta de Thiago Lacerda como Metro Man, que tem Brad Pitt na original.
No geral, é uma animação muito bem feita, que tem tudo para agradar crianças e adultos. Cheio de referências e brincadeiras como o slogan de Obama que vira em determinado momento crítico: "no, you can´t". Mais um ponto a favor da DreamWorks. Ah, não saiam correndo do cinema após a primeira parte dos créditos, tem uma cena extra para explicar o paradeiro de determinado personagem.
A história traz dois bebês alienígenas que são lançados em cápsulas por seus pais no espaço para proteger da destruição do planeta de origem. Qualquer semelhança com um certo homem de aço, não é mera coincidência. Metro Man é um bebezinho robusto, branco, fofinho, que vai parar em uma mansão fantástica, onde é criado com todo amor e carinho. MegaMente é um bebê azul do cabeção que é jogado pela cápsula de Metro Man em uma prisão e criado pelos bandidos mais perigosos de lá. Jovens, os dois se encontram na escola e começa a rivalidade. Cansado de ser excluído das brincadeiras, MegaMente resolve assumir a identidade de vilão, começando a eterna luta do bem contra o mal.
A forma como os personagens são apresentados é inteligente e divertida. Mas, o mais interessante do roteiro é a maneira como nos surpreende a cada plot. Várias referências às histórias de Superman estão claras no filme: como sua origem, a repórter apaixonada, as poses e até a morte. Sem falar da hilária caracterização de Marlon Brando como o pai espacial que vai treinar o novo herói. Antes que alguém me acuse de spoiler, a morte de Metro Man e a criação de um novo herói está na sinopse do filme. Só para deixar claro. Aliás, não vejam o segundo trailer que está disponível por aí, porque ele conta mais do que deveria, revelando surpresas futuras.
A construção do anti-herói MegaMente também é brilhante. Ele é o protótipo do vilão atrapalhado que está no limiar da regeneração. Após Meu Malvado Favorito, ficamos esperando uma solução mágica, mas MegaMente é coerente com sua construção psicológica, tornando toda sua trajetória mais do que crível. É bem realizada e digna de aplausos. Seus bichinhos eletrônicos também podem lembrar os minions de Meu Malvado, assim como o cientista. Só que dessa vez, temos um peixe alienígena chamado Criado, que é um charme à parte.
Pelo visto, mais uma vez, o público brasileiro não poderá conferir a voz original de Will Ferrell, Tina Fey e Brad Pitt, entre outros, já que os cinemas chegam com cópias dubladas. Nada contra a dublagem brasileira, que é sempre muito boa, mas é interessante conferir as vozes originais, principalmente pelas piadas e referências que se perdem na tradução, como a mania de MegaMente de trocar a pronúncia das palavras. Na versão brasileira, a voz famosa fica por conta de Thiago Lacerda como Metro Man, que tem Brad Pitt na original.
No geral, é uma animação muito bem feita, que tem tudo para agradar crianças e adultos. Cheio de referências e brincadeiras como o slogan de Obama que vira em determinado momento crítico: "no, you can´t". Mais um ponto a favor da DreamWorks. Ah, não saiam correndo do cinema após a primeira parte dos créditos, tem uma cena extra para explicar o paradeiro de determinado personagem.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Megamente
2010-12-04T10:25:00-03:00
Amanda Aouad
animacao|comedia|critica|infantil|
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