Brüno, Borat ou Ali G, tem diferença?
O comediante Sacha Noam Baron Cohen trouxe para as telas, filmes com um formato próprio para comprovar suas teses sobre os preconceitos do mundo contemporâneo, tema de suas pesquisas como historiador. Assim, em cada filme ele vive um personagem alvo de preconceito (rapper, cazaquistanês e homossexual) que está fazendo uma espécie de documentário pelos Estados Unidos. Com provocações, ele vai expondo o preconceito que existe em cada ser humano que entrevista. A intenção é nobre e válida, o problema é que seus personagens são sempre over demais: exagerados, sem noção nenhuma, irreais, o que torna seus filmes chatos.
Em seu novo filme ele é Bruno, o repórter homossexual que vem para os Estados Unidos tentar a fama após ser demitido da emissora onde trabalhava. Querendo provar não sei o que, para não sei quem, ele entrevista atores e políticos de forma provocante e inusitada. Tenta emplacar um programa de televisão, participa de uma caçada, se alista no exército, e... Bom, não vou contar o filme todo. O fato é que Bruno tem necessidade de aparecer e exagera nesse intuito. Algumas cenas são dispensáveis, como o piloto que ele produziu para uma emissora de televisão. Em outras, ele perde a noção do perigo e poderia se dar muito mal em suas empreitadas. Ele confia muito na proteção de sua câmera.
Agora, não nego que há denúncias sérias que merecem reflexão. A entrevista com a mãe de uma criança candidata a modelo é revoltante e eu que já fiz muito teste de elenco, sei o quanto tem de verdadeiro naquilo. Talvez o exagero de Bruno seja para mostrar do que as pessoas são capazes por minutos de fama. E é nesse ponto que acho a idéia inicial interessante. Mesmo assim, até por ser um fato sério, não consigo achar engraçado.
Suas piadas são clichês repetitivos, o formato é o mesmo apenas com a nova roupagem do personagem diferente. Sem novidades para quem já viu os outros dois filmes. Se no terceiro filme já está se repetindo fico imaginando qual será o futuro de Sacha Noam Baron Cohen.
Pra não dizer que não gostei de nada, o final é surpreendente e ri do inusitado. Não quero estragar a surpresa, então passe o mouse se quiser detalhes. O clipe de Bruno, Pomba da Paz, é hilário ao reunir Bono Vox, Snoopy Dog, Elton John (sentado no mexicano), Sting, Chris Martin e Slash (com o mesmo cabelão e o cigarro na boca).
Em seu novo filme ele é Bruno, o repórter homossexual que vem para os Estados Unidos tentar a fama após ser demitido da emissora onde trabalhava. Querendo provar não sei o que, para não sei quem, ele entrevista atores e políticos de forma provocante e inusitada. Tenta emplacar um programa de televisão, participa de uma caçada, se alista no exército, e... Bom, não vou contar o filme todo. O fato é que Bruno tem necessidade de aparecer e exagera nesse intuito. Algumas cenas são dispensáveis, como o piloto que ele produziu para uma emissora de televisão. Em outras, ele perde a noção do perigo e poderia se dar muito mal em suas empreitadas. Ele confia muito na proteção de sua câmera.
Agora, não nego que há denúncias sérias que merecem reflexão. A entrevista com a mãe de uma criança candidata a modelo é revoltante e eu que já fiz muito teste de elenco, sei o quanto tem de verdadeiro naquilo. Talvez o exagero de Bruno seja para mostrar do que as pessoas são capazes por minutos de fama. E é nesse ponto que acho a idéia inicial interessante. Mesmo assim, até por ser um fato sério, não consigo achar engraçado.
Suas piadas são clichês repetitivos, o formato é o mesmo apenas com a nova roupagem do personagem diferente. Sem novidades para quem já viu os outros dois filmes. Se no terceiro filme já está se repetindo fico imaginando qual será o futuro de Sacha Noam Baron Cohen.
Pra não dizer que não gostei de nada, o final é surpreendente e ri do inusitado. Não quero estragar a surpresa, então passe o mouse se quiser detalhes. O clipe de Bruno, Pomba da Paz, é hilário ao reunir Bono Vox, Snoopy Dog, Elton John (sentado no mexicano), Sting, Chris Martin e Slash (com o mesmo cabelão e o cigarro na boca).
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Brüno, Borat ou Ali G, tem diferença?
2009-08-22T15:07:00-03:00
Amanda Aouad
comedia|critica|
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