500 dias com ela
Isto não é uma história de amor, já nos avisa o narrador no início do filme, porque será que mesmo assim a gente insiste em achar que vai ver algo mágico acontecendo? 500 dias com ela é um filme diferente que mexe com o paradigma das comédias românticas. Gosto muito disso. O formato fragmentado do roteiro, comparando situações no ínicio, no meio e no fim do tal tempo estipulado no título é muito bom. Não fica preso a uma ordem cronológica que nos levaria a uma curva cansativa. Parte direto ao ponto, dando o seu recado e nos envolvendo na história.
Tom Hansen é arquiteto frustrado, que trabalha como escritor de cartões em um empresa. Romântico e inteligente, o rapaz é bom no que faz, tendo boas tiradas para aniversário, natal, dia dos namorados, etc. Em uma reunião, conhece uma garota e se encanta com ela. Quase 500 dias depois, ele analisa cada momento de sua vida com ela para tentar entender o que não deu certo. Brincando com o formato garoto conhece garota, garoto perde garota, garoto recupera garota, o filme constrói uma trama inteligente, leve e divertida, sem grandes pretensões.
Joseph Gordon-Lewitt e Zooey Deschanel estão muito bem nos papéis e combinam como casal, talvez isso aumente a expectativa de ficarem juntos. A gente fica sem entender como Summer não quer assumir o relacionamento, afinal ela parece tão feliz com Tom.
A estreia de Marc Webb na direção de um longa é bastante feliz. Sua experiência com videoclipes com certeza ajudou na construção do ritmo diferente e da trilha sonora condizente com a trama, utilizando pops como Belle & Sebastian, The Smiths, Regina Spektor e Carla Bruni.
500 dias com ela tem cenas engraçadíssimas como quando Tom e Summer tem a primeira relação e ele sai cantando em um clipe surreal, ou mesmo quando se olha e vê Han Solo na televisão como se fosse um espelho. Há também algumas declarações de amor interessantes como de um amigo de Tom que fala que sua namorada é melhor que a mulher dos seus sonhos por ser real. E mesmo que não se proponha a isso, o filme traz também algumas reflexões psicológicas sobre relacionamentos e medos de compromisso. Para mim, foi uma grata surpresa.
Tom Hansen é arquiteto frustrado, que trabalha como escritor de cartões em um empresa. Romântico e inteligente, o rapaz é bom no que faz, tendo boas tiradas para aniversário, natal, dia dos namorados, etc. Em uma reunião, conhece uma garota e se encanta com ela. Quase 500 dias depois, ele analisa cada momento de sua vida com ela para tentar entender o que não deu certo. Brincando com o formato garoto conhece garota, garoto perde garota, garoto recupera garota, o filme constrói uma trama inteligente, leve e divertida, sem grandes pretensões.
Joseph Gordon-Lewitt e Zooey Deschanel estão muito bem nos papéis e combinam como casal, talvez isso aumente a expectativa de ficarem juntos. A gente fica sem entender como Summer não quer assumir o relacionamento, afinal ela parece tão feliz com Tom.
A estreia de Marc Webb na direção de um longa é bastante feliz. Sua experiência com videoclipes com certeza ajudou na construção do ritmo diferente e da trilha sonora condizente com a trama, utilizando pops como Belle & Sebastian, The Smiths, Regina Spektor e Carla Bruni.
500 dias com ela tem cenas engraçadíssimas como quando Tom e Summer tem a primeira relação e ele sai cantando em um clipe surreal, ou mesmo quando se olha e vê Han Solo na televisão como se fosse um espelho. Há também algumas declarações de amor interessantes como de um amigo de Tom que fala que sua namorada é melhor que a mulher dos seus sonhos por ser real. E mesmo que não se proponha a isso, o filme traz também algumas reflexões psicológicas sobre relacionamentos e medos de compromisso. Para mim, foi uma grata surpresa.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
500 dias com ela
2009-12-23T08:54:00-03:00
Amanda Aouad
comedia|critica|romance|
Assinar:
Postar comentários (Atom)
cadastre-se
Inscreva seu email aqui e acompanhe
os filmes do cinema com a gente:
os filmes do cinema com a gente:
No Cinema podcast
anteriores deste site
mais populares do site
-
Muitos filmes eróticos já foram realizados. Fantasias sexuais, jogo entre dominação e dominado, assédios ou simplesmente a descoberta do pr...
-
O dia de hoje marca 133 anos do nascimento de John Ronald Reuel Tolkien e resolvi fazer uma pequena homenagem, me debruçando sobre sua vid...
-
Tem uma propaganda em que a Dove demonstra como o padrão de beleza feminino é construído pelo mercado publicitário . Uma jovem com um rost...
-
Brazil , dirigido por Terry Gilliam em 1985, é uma obra que supera todos os rótulos que a enquadrariam como apenas uma distopia . Seu mundo...
-
A premissa de Quanto Vale? (2020), dirigido por Sara Colangelo , não é apenas provocativa, mas quase cruel em sua simplicidade: como determ...
-
O Soterópolis programa cultural da TVE Bahia, fez uma matéria muito interessante sobre blogs baianos. Esta que vos fala deu uma pequena con...
-
Encarar o seu primeiro longa-metragem não é fácil, ainda mais quando esse projeto carrega tamanha carga emocional de uma obra sobre sua mãe....
-
Agora Seremos Felizes (1944), ou Meet Me in St. Louis , de Vincente Minnelli , é um dos marcos do cinema americano da década de 1940 e exe...
-
Fui ao cinema sem grandes pretensões. Não esperava um novo Matrix, nem mesmo um grande filme de ação. Difícil definir Gamer, que recebeu du...