Atividade Paranormal
Sendo bem sincera, eu não suportei esse filme. Não me pegou de jeito nenhum. Não senti medo, não tomei susto e cansei de esperar algo acontecer na primeira metade do filme. Achei uma grande bobagem, principalmente o final. Uma das críticas mais legais que li sobre o filme foi de Davi porque em vez de se ater ao filme, ele falou da reação da platéia no cinema. Acredito que as pessoas tenham ficado com medo e que o programa de efeitos do filme seja eficiente. Apenas não aconteceu comigo. Talvez eu tenha esperado muito após ler que Steven Spielberg ficou aterrorizado com o filme ao ponto de dizer que o DVD estava assombrado.
Atividade Paranormal se vale de um recurso já batido atualmente. O estilo meio documental, simulando algo real, filmado pelos personagens, que busca dar mais veracidade a experiência. Com A Bruxa de Blair o efeito funcionou comigo. Talvez porque fosse novidade. Gostei da forma como as câmeras foram trabalhadas, o terror crescente nos meninos, a não aparição da bruxa, as explicações do mito. Enfim. Um bom filme.
REC, um filme espanhol que se utiliza da mesma brincadeira de real / ficção também me conquistou. Apesar da maquiagem esquisita dos zumbis e alguns erros estranhos, como quando o personagem rebobina a fita para conferir algo e é passado para o espectador. O que seria impossível. Em Atividade Paranormal isso é plausível, pois o personagem vê no computador e grava essa conferência. Ainda assim, o primeiro é melhor. Principalmente o roteiro.
O ritmo de Atividade Paranormal é muito lento. Ficamos esperando algo acontecer, com a emoção suspensa na expectativa do perigo. Isso é bom, se bem dosado. No caso do filme, eu achei que foi excessivo. Senti-me como na peça de Beckett esperando um Godot que nunca vinha.
Agora, acho que o que mais me incomodou em Atividade Paranormal, e fez com que eu não entrasse no filme, foi a explicação do fenômeno. Tanto do médium chamado pelo casal, quanto das notas na internet que culminaram naquele final insosso. Mas, aí vai algo particular da minha apreciação. Continuo repetindo, o filme não me pegou, não significa que seja ruim. O fato é que eu esperava algo mais realista, de acordo com aquilo que acredito sobre fenômenos paranormais e não o clichê demoníaco. Mas, muitos gostaram. Presenciei o medo na expressão de alguns espectadores. Então, o filme funciona. Só não funcionou comigo.
Atividade Paranormal se vale de um recurso já batido atualmente. O estilo meio documental, simulando algo real, filmado pelos personagens, que busca dar mais veracidade a experiência. Com A Bruxa de Blair o efeito funcionou comigo. Talvez porque fosse novidade. Gostei da forma como as câmeras foram trabalhadas, o terror crescente nos meninos, a não aparição da bruxa, as explicações do mito. Enfim. Um bom filme.
REC, um filme espanhol que se utiliza da mesma brincadeira de real / ficção também me conquistou. Apesar da maquiagem esquisita dos zumbis e alguns erros estranhos, como quando o personagem rebobina a fita para conferir algo e é passado para o espectador. O que seria impossível. Em Atividade Paranormal isso é plausível, pois o personagem vê no computador e grava essa conferência. Ainda assim, o primeiro é melhor. Principalmente o roteiro.
O ritmo de Atividade Paranormal é muito lento. Ficamos esperando algo acontecer, com a emoção suspensa na expectativa do perigo. Isso é bom, se bem dosado. No caso do filme, eu achei que foi excessivo. Senti-me como na peça de Beckett esperando um Godot que nunca vinha.
Agora, acho que o que mais me incomodou em Atividade Paranormal, e fez com que eu não entrasse no filme, foi a explicação do fenômeno. Tanto do médium chamado pelo casal, quanto das notas na internet que culminaram naquele final insosso. Mas, aí vai algo particular da minha apreciação. Continuo repetindo, o filme não me pegou, não significa que seja ruim. O fato é que eu esperava algo mais realista, de acordo com aquilo que acredito sobre fenômenos paranormais e não o clichê demoníaco. Mas, muitos gostaram. Presenciei o medo na expressão de alguns espectadores. Então, o filme funciona. Só não funcionou comigo.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Atividade Paranormal
2010-01-14T17:29:00-03:00
Amanda Aouad
critica|Steven Spielberg|suspense|terror|
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