O que aconteceu com Whoopi Goldberg
Hollywood pode ser cruel com suas estrelas. É preciso estar sempre atento e repensando a carreira para não entrar em um círculo vicioso de estereótipos e ser esquecido em produções menores ou ficar na "geladeira". Por isso, quis resgatar aqui um nome importante em sua história que hoje está quase esquecido pelas novas gerações: a atriz Whoopi Goldberg.
Logo em seu segundo trabalho, Whoopi Goldberg chamou a atenção do mundo com a complexa personagem Celie Johnson de A Cor Púrpura, filme de Steven Spielberg que se tornou um marco da luta racial. Em 1991, ela foi a segunda afro-descendente a ganhar uma estatueta do Oscar como melhor atriz coadjuvante pelo filme Ghost, talvez seu maior sucesso até hoje e onde começou o seu estereótipo de comédias. Com o Oscar, Whoopi Goldberg se tornou estrela, protagonizou filmes, os de maior destaque foram as comédias Mudança de Hábito e Mudança de Hábito 2. Mas, também atuou em alguns bons dramas como coadjuvante.
Desde então, tem feito participações em televisão, foi integrante da nova geração da Série Star Trek, participou de diversas séries, foi coadjuvante de diversos filmes bobos de comédia e foi até Deus no filme Pronta para Amar. Outra função que ainda exerce muito é a de dubladora, tendo feito filmes diversos como Toy Story 3 ou Deu Zebra. Mas, nada que se compare a grandes personagens que já fez, por isso vamos resgatar aqui, o que considero seus melhores papéis no cinema.
Celie Johnson (A Cor Púrpura / 1985)
Nesse belo melodrama dirigido pelo mestre Spielberg, Whoopi Goldberg encarna a sofrida Celie, que foi violentada pelo pai, separada dos filhos e dada para o personagem de Danny Glover, que a trata como amiga em muitos momentos, mas em outros como uma escrava.
Myrlie Evers (Fantasmas do Passado / 1996)
Baseado em uma história real, Whoopi Goldberg interpreta aqui uma mulher que lutou com todas as forças para fazer justiça ao seu marido assassinado por um branco racista.
Oda Mae Brown (Ghost - Do Outro Lado da Vida / 1990)
Papel que lhe deu o Oscar, aqui, Whoopi Goldberg é o alívio cômico desse melodrama espiritual, interpretando a atrapalhada médium Oda Mae Brown. Tem cenas divertidíssimas como a que passa a mensagem para a personagem de Demi Moore pela primeira vez.
Odessa Cotter (Uma História Americana / 1990)
Mais um filme de denúncia ao racismo, aqui Whoopi Goldberg é Odessa Cotter, uma empregada doméstica que sofre com o boicote às viagens de ônibus pelos negros e ganha o apoio de sua patroa interpretada por Sissy Spacek. O boicote sugerido por Martin Luther King é contra a lei de que não permitia aos negros sentar-se nos bancos da frente do transporte e foi inspirado na atitude de Rosa Parks, uma negra que se recusou a ceder o seu lugar no ônibus para um branco.
Deloris Van Cartier / Irmã Mary Clarence (Mudança de Hábito / 1992 e Mudança de Hábito 2 / 1993)
Dois filmes, uma personagem de sucesso para Whoopi Goldberg. A crooner Deloris Van Cartier tem que se esconder em um convento onde acaba coordenando um coral de freirinhas bem animadas. Já no segundo filme, ela é chamada para dar um jeito em uma turma rebelde de um colégio e, claro, teremos mais música, corais e atrapalhadas.
Corrina Washington (Corina, uma Babá Perfeita / 1994)
No rastro de Uma Babá quase Perfeita de 1993 com Robin Williams, daí o "inspirado" título brasileiro. Corina é daqueles papéis que não são perfeitos, em uma história clichê, mas que marcou pela ligação da babá com a garotinha Molly interpretada por Tina Majorino. Até hoje me lembro da cena em que ela ajuda a "soprar" os semáforos para que abrissem, por exemplo. Uma história singela de recuperação do amor entre mãe e filha, através da figura de uma babá realmente perfeita.
Candy Bliss (Nas Profundezas do Mar Sem Fim / 1999)
Uma das últimas boas participações da atriz no cinema. Aparece pouco em tela, mas é fundamental para a recomposição da personagem de Michelle Pfeiffer que perde o seu filho e depois o reencontra estabilizado em uma nova família. Candy Bliss é a policial que cuida do caso.
Logo em seu segundo trabalho, Whoopi Goldberg chamou a atenção do mundo com a complexa personagem Celie Johnson de A Cor Púrpura, filme de Steven Spielberg que se tornou um marco da luta racial. Em 1991, ela foi a segunda afro-descendente a ganhar uma estatueta do Oscar como melhor atriz coadjuvante pelo filme Ghost, talvez seu maior sucesso até hoje e onde começou o seu estereótipo de comédias. Com o Oscar, Whoopi Goldberg se tornou estrela, protagonizou filmes, os de maior destaque foram as comédias Mudança de Hábito e Mudança de Hábito 2. Mas, também atuou em alguns bons dramas como coadjuvante.
Desde então, tem feito participações em televisão, foi integrante da nova geração da Série Star Trek, participou de diversas séries, foi coadjuvante de diversos filmes bobos de comédia e foi até Deus no filme Pronta para Amar. Outra função que ainda exerce muito é a de dubladora, tendo feito filmes diversos como Toy Story 3 ou Deu Zebra. Mas, nada que se compare a grandes personagens que já fez, por isso vamos resgatar aqui, o que considero seus melhores papéis no cinema.
Celie Johnson (A Cor Púrpura / 1985)
Nesse belo melodrama dirigido pelo mestre Spielberg, Whoopi Goldberg encarna a sofrida Celie, que foi violentada pelo pai, separada dos filhos e dada para o personagem de Danny Glover, que a trata como amiga em muitos momentos, mas em outros como uma escrava.
Myrlie Evers (Fantasmas do Passado / 1996)
Baseado em uma história real, Whoopi Goldberg interpreta aqui uma mulher que lutou com todas as forças para fazer justiça ao seu marido assassinado por um branco racista.
Oda Mae Brown (Ghost - Do Outro Lado da Vida / 1990)
Papel que lhe deu o Oscar, aqui, Whoopi Goldberg é o alívio cômico desse melodrama espiritual, interpretando a atrapalhada médium Oda Mae Brown. Tem cenas divertidíssimas como a que passa a mensagem para a personagem de Demi Moore pela primeira vez.
Odessa Cotter (Uma História Americana / 1990)
Mais um filme de denúncia ao racismo, aqui Whoopi Goldberg é Odessa Cotter, uma empregada doméstica que sofre com o boicote às viagens de ônibus pelos negros e ganha o apoio de sua patroa interpretada por Sissy Spacek. O boicote sugerido por Martin Luther King é contra a lei de que não permitia aos negros sentar-se nos bancos da frente do transporte e foi inspirado na atitude de Rosa Parks, uma negra que se recusou a ceder o seu lugar no ônibus para um branco.
Deloris Van Cartier / Irmã Mary Clarence (Mudança de Hábito / 1992 e Mudança de Hábito 2 / 1993)
Dois filmes, uma personagem de sucesso para Whoopi Goldberg. A crooner Deloris Van Cartier tem que se esconder em um convento onde acaba coordenando um coral de freirinhas bem animadas. Já no segundo filme, ela é chamada para dar um jeito em uma turma rebelde de um colégio e, claro, teremos mais música, corais e atrapalhadas.
Corrina Washington (Corina, uma Babá Perfeita / 1994)
No rastro de Uma Babá quase Perfeita de 1993 com Robin Williams, daí o "inspirado" título brasileiro. Corina é daqueles papéis que não são perfeitos, em uma história clichê, mas que marcou pela ligação da babá com a garotinha Molly interpretada por Tina Majorino. Até hoje me lembro da cena em que ela ajuda a "soprar" os semáforos para que abrissem, por exemplo. Uma história singela de recuperação do amor entre mãe e filha, através da figura de uma babá realmente perfeita.
Candy Bliss (Nas Profundezas do Mar Sem Fim / 1999)
Uma das últimas boas participações da atriz no cinema. Aparece pouco em tela, mas é fundamental para a recomposição da personagem de Michelle Pfeiffer que perde o seu filho e depois o reencontra estabilizado em uma nova família. Candy Bliss é a policial que cuida do caso.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
O que aconteceu com Whoopi Goldberg
2012-04-25T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
astros e estrelas|materias|Whoopi Goldberg|
Assinar:
Postar comentários (Atom)
cadastre-se
Inscreva seu email aqui e acompanhe
os filmes do cinema com a gente:
os filmes do cinema com a gente:
No Cinema podcast
anteriores deste site
mais populares do site
-
Tem uma propaganda em que a Dove demonstra como o padrão de beleza feminino é construído pelo mercado publicitário . Uma jovem com um rost...
-
Muitos filmes eróticos já foram realizados. Fantasias sexuais, jogo entre dominação e dominado, assédios ou simplesmente a descoberta do pr...
-
Brazil , dirigido por Terry Gilliam em 1985, é uma obra que supera todos os rótulos que a enquadrariam como apenas uma distopia . Seu mundo...
-
O desejo de todo ser humano é ser amado e se sentir pertencente a algo. Em um mundo heteronormativo, ser homossexual é um desafio a esse des...
-
Em determinada cena no início da obra, Maria Callas está em pé na cozinha, cantando enquanto sua governanta faz um omelete para o café da m...
-
O dia de hoje marca 133 anos do nascimento de John Ronald Reuel Tolkien e resolvi fazer uma pequena homenagem, me debruçando sobre sua vid...
-
Encarar o seu primeiro longa-metragem não é fácil, ainda mais quando esse projeto carrega tamanha carga emocional de uma obra sobre sua mãe....
-
Agora Seremos Felizes (1944), ou Meet Me in St. Louis , de Vincente Minnelli , é um dos marcos do cinema americano da década de 1940 e exe...
-
Poucas obras na literatura evocam sentimentos tão contraditórios quanto O Morro dos Ventos Uivantes , o clássico gótico de Emily Brontë . A...