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É o Fim

É o FimAntes de mais nada, é importante entender que É o Fim não é um filme para todos. Sem compreender a proposta da obra fica mesmo complicado gostar dela, inclusive. Afinal, não é apenas um humor ácido. É um filme que brinca com a própria condição das celebridades. Tem muita piada interna que chuta o politicamente correto, inclusive, a religião.

Jay Baruchel vai a Nova York visitar Seth Rogen, apesar de não suportar a cidade e o modo de vida dos que vivem ali. Os dois amigos passam um dia de drogas e videogame até que Seth convence Baruchel a ir a uma festa na casa de James Franco. O que ninguém contava é que um terremoto assustador abre as portas para o que parece ser o julgamento final descrito no livro do Apocalipse da Bíblia.

É o FimO filme se concentra em Seth Rogen, Jay Baruchel, James Franco, Jonah Hill e Craig Robinson. Mas, há também uma participação bastante significativa de Danny McBride. E outras pontuais como Emma Watson, Michael Cera, Jason Segel, Paul Rudd e até a cantora Rihanna. E é preciso conhecer minimamente estes atores e os filmes que fizeram para compreender as piadas.

Mas, É o Fim não brinca apenas com isso. É possível perceber a crítica aos próprios filmes catástrofes e seus clichês. Vide uma cena estilo confessionário de Reality Show. Isso sem falar com a brincadeira sobre o Apocalipse Zumbi, que está mais na moda que o velho julgamento citado na Bíblia.

É o FimNão há limites para Evan Goldberg e Seth Rogen que assinam roteiro e direção, baseado no curta-metragem de Jason Stone, chamado: Jay and Seth vs. The Apocalypse. Há escatologia, piadas com sexo, mal-entendidos, brincadeiras com caráter das pessoas, desejos estranhos e, claro, sem limites para desconstruir as religiões. O que não é novidade, já que o grupo Monty Python se construiu nessa base.

Porém, o que chama a atenção em É o Fim é a falta de escrúpulos em conduzir tudo isso. Sem medir consequências nem poupar ninguém, vide o que fazem com Channing Tatum e com Danny McBride. Ao aceitarem entrar na brincadeira, todos os atores tiveram que ter um espírito esportivo muito bom. Os estereótipos criados muitas vezes assustam e algumas vezes, até passam dos limites do bom senso. Mas, eles conduzem tudo de uma maneira tão escrachada, que só nos resta rir.

É o FimRir de si mesmo parece mesmo o melhor remédio e É o Fim ri de Hollywood, ri de Los Angeles, ri de consequências. Ri do céu e ri do inferno nos levando aos limites do aceitável. Talvez, por isso, seja um filme tão bem-vindo em um mundo onde discute-se o limite do humor, o politicamente correto e os preconceitos. Se não podem fazer piadas com grupos sociais ou raciais, eles colocam a si mesmo na berlinda e se divertem com isso.

É o Fim quer apenas divertir sem grandes consequências. Pode assustar algumas plateias e entediar outras que não compreendem as referências. Mas, não ofender, já que o alvo das piadas são eles mesmos. É uma comédia inconsequente, é verdade, mas que diverte em seu universo enlouquecido. Como disse, não é um filme para todos, mas os que embarcarem, vão rir.


É o Fim (This Is the End, 2013 / EUA)
Direção: Evan Goldberg, Seth Rogen
Roteiro: Evan Goldberg, Seth Rogen
Com: James Franco, Jonah Hill, Jonah Hill, Seth Rogen, Jay Baruchel, Danny McBride, Craig Robinson, Michael Cera, Emma Watson, Mindy Kaling, Rihanna, Paul Rudd e Channing Tatum
Duração: 107 min.

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