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Rota de Fuga
Rota de Fuga
Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger juntos e não é Mercenários 3 ainda. Na verdade, o filme Rota de Fuga é um grata surpresa da dupla de astros dos filmes de ação dos anos 80, com alguns clichês e muitas mentiras, mas também uma missão que nos envolve.
Ray Breslin é um especialista em prisões de segurança máxima. Passou a vida testando e descobrindo falhas em diversas delas até lançar um livro sobre o assunto. Com suas indicações, uma prisão a prova de fugas foi criada e é nela que Ray vai ser preso, em uma trama que parece ter sido armada para tirá-lo de uma vez por todas de circulação. Agora, ele terá que encontrar uma brecha em sua própria perfeição.
A premissa é simples, quase absurda, mas funciona bem. Um dos grandes responsáveis por isso é a apresentação da trama e do personagem principal. A forma como vamos descobrindo quem é Sylvester Stallone é bem realizada, desperta a nossa curiosidade, e quando percebemos, já estamos envolvidos. Cria-se uma verossimilhança na trama e não questionamos tanto alguns absurdos, até mesmo em relação à CIA.
A apresentação da prisão especial também traz uma construção gradual interessante. Primeiro o clima de suspense e tensão. A arquitetura clean, circular, os vidros, os policiais mascarados. Tudo constrói a sensação de dificuldade. As pequenas revelações a cada dia que passa. E claro, a maior revelação de todas em determinado momento do filme que aumenta ainda mais a tensão.
Todo o roteiro está em função dessa busca por brecha, mas é interessante a forma como constrói isso dentro daquele espaço fechado e com boas informações. Nos sentimos também ali, presos com ele. Começamos a fazer suposições. Esperamos um final óbvio, mas queremos ser surpreendidos na forma. Enquanto isso, o tempo passa de uma maneira bem administrada, sem perder o ritmo e o interesse.
O elenco é o plus que, na verdade, é a quase a desculpa do filme existir. Apesar de, a princípio, o protagonista ter sido oferecido a Bruce Willis. A começar por 50 Cent em uma participação curiosa, já que é o ponto sério da trama. O protagonista, Sylvester Stallone é aquilo que se espera dele, canastrão, com muita pose, porém, uma presença que contagia e torna tudo crível. Enquanto que Arnold Schwarzenegger intercala momentos posers com boas interpretações. E que também funciona bem. A primeira aparição dele se encaixa de uma maneira perfeita com a virada na trama. O único problema é a sensação de que ambos não estão mais interpretando, mas repetindo sempre a mesma persona que criaram nos anos 80.
E o mais curioso é que o roteiro de Rota de Fuga consegue justificar e surpreender até mesmo nos clichês e diversos erros de construção. Quando pensamos que algo está mal explicado e estranho, uma cena mais a frente vai demonstrar que foi proposital. É de se admirar o esforço em não ser simplesmente uma mistura indigesta em função da ação.
Rota de Fuga é um filme simples, mas bem conduzido. Cumpre aquilo a que se propõe e diverte o público. Seja pela história, por seus atores ou por todo o misancene em torno do tema. Como disse, uma grata surpresa.
Rota de Fuga (Escape Plan, 2013 / EUA)
Direção: Mikael Håfström
Roteiro: Miles Chapman, Jason Keller
Com: Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger, 50 Cent, Jim Caviezel, Faran Tahir e Amy Ryan
Duração: 116 min.
Ray Breslin é um especialista em prisões de segurança máxima. Passou a vida testando e descobrindo falhas em diversas delas até lançar um livro sobre o assunto. Com suas indicações, uma prisão a prova de fugas foi criada e é nela que Ray vai ser preso, em uma trama que parece ter sido armada para tirá-lo de uma vez por todas de circulação. Agora, ele terá que encontrar uma brecha em sua própria perfeição.
A premissa é simples, quase absurda, mas funciona bem. Um dos grandes responsáveis por isso é a apresentação da trama e do personagem principal. A forma como vamos descobrindo quem é Sylvester Stallone é bem realizada, desperta a nossa curiosidade, e quando percebemos, já estamos envolvidos. Cria-se uma verossimilhança na trama e não questionamos tanto alguns absurdos, até mesmo em relação à CIA.
A apresentação da prisão especial também traz uma construção gradual interessante. Primeiro o clima de suspense e tensão. A arquitetura clean, circular, os vidros, os policiais mascarados. Tudo constrói a sensação de dificuldade. As pequenas revelações a cada dia que passa. E claro, a maior revelação de todas em determinado momento do filme que aumenta ainda mais a tensão.
Todo o roteiro está em função dessa busca por brecha, mas é interessante a forma como constrói isso dentro daquele espaço fechado e com boas informações. Nos sentimos também ali, presos com ele. Começamos a fazer suposições. Esperamos um final óbvio, mas queremos ser surpreendidos na forma. Enquanto isso, o tempo passa de uma maneira bem administrada, sem perder o ritmo e o interesse.
O elenco é o plus que, na verdade, é a quase a desculpa do filme existir. Apesar de, a princípio, o protagonista ter sido oferecido a Bruce Willis. A começar por 50 Cent em uma participação curiosa, já que é o ponto sério da trama. O protagonista, Sylvester Stallone é aquilo que se espera dele, canastrão, com muita pose, porém, uma presença que contagia e torna tudo crível. Enquanto que Arnold Schwarzenegger intercala momentos posers com boas interpretações. E que também funciona bem. A primeira aparição dele se encaixa de uma maneira perfeita com a virada na trama. O único problema é a sensação de que ambos não estão mais interpretando, mas repetindo sempre a mesma persona que criaram nos anos 80.
E o mais curioso é que o roteiro de Rota de Fuga consegue justificar e surpreender até mesmo nos clichês e diversos erros de construção. Quando pensamos que algo está mal explicado e estranho, uma cena mais a frente vai demonstrar que foi proposital. É de se admirar o esforço em não ser simplesmente uma mistura indigesta em função da ação.
Rota de Fuga é um filme simples, mas bem conduzido. Cumpre aquilo a que se propõe e diverte o público. Seja pela história, por seus atores ou por todo o misancene em torno do tema. Como disse, uma grata surpresa.
Rota de Fuga (Escape Plan, 2013 / EUA)
Direção: Mikael Håfström
Roteiro: Miles Chapman, Jason Keller
Com: Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger, 50 Cent, Jim Caviezel, Faran Tahir e Amy Ryan
Duração: 116 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Rota de Fuga
2013-10-13T08:00:00-03:00
Amanda Aouad
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