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Dougray Scott
Famke Janssen
Forest Whitaker
Liam Neeson
Maggie Grace
Olivier Megaton
Busca Implacável 3
Busca Implacável 3
Primeiro sua filha resolveu dar um rolé na Europa, foi sequestrada e ele moveu céus e terras para encontrá-la. Depois, ele foi o alvo do sequestro junto com a família e fez algumas reviravoltas para livrar a todos. Agora, sua ex-esposa é assassinada e ele é o principal suspeito, tendo que correr por fora para provar a inocência e desvendar o crime.
Se tem um ponto positivo na série Busca Implacável é que suas continuações possuem criatividade. Luc Besson e Robert Mark Kamen não repetem plot, caminho mais fácil para as continuações em geral, construindo aventuras independentes que fazem a história avançar. Neste terceiro, a trama se aproxima muito de O Fugitivo, série clássica dos anos 60 que virou filme com Harrison Ford. A essência do personagem, no entanto, continua a mesma. Um homem que parece até uma máquina de tão profissional, esperto e, por que não, sortudo. E, claro, uma grande dose de exageros.
O mundo é perigoso, dizia o primeiro filme. Cuidado com a vingança, poderia ser o aprendizado do segundo. Já o terceiro é: não confie em todos à sua volta. Bryan Mills é atraído para uma cilada, isso está óbvio. Quem armou para ele e o porquê disso é o grande mistério da trama, ainda que desde o início ela dê várias pistas para irmos juntando o quebra-cabeças. Mas, o que move mesmo o filme é a ação.
São diversas cenas de adrenalina alta, desde a abertura com um prólogo bastante tenso. Após uma pausa para apresentação da situação e pistas, voltamos para a ação com a fuga dele e sua busca por descobrir a verdade. A cena em que ele fala no telefone para a filha "Não sei por que, não sei quem, mas eu vou descobrir" virou quase uma marca do personagem. E seguimos acreditando que ele é capaz de fazer todos aqueles malabarismos, por mais absurdos que pareçam.
Liam Neeson acabou tomando gosto pelo gênero, se tornando um novo astro dos filmes de ação. O que é uma pena, pois tem potencial para interpretações mais densas. E nenhum bom ator merece ficar rotulado por qualquer tipo de gênero ou papel. Aqui, ele cumpre a sua função, seja correndo, atirando ou em momentos em que exigem um pouco mais de emoção dele, como quando encontra a mulher morta ou quando acredita que a filha corra novo perigo.
As cenas de perseguição são boas, ainda que sem maior criatividade. O filme é dinâmico. E mesmo que o roteiro traga construções absurdas, clichês e mesmo uma virada previsível, acaba cumprindo sua função, envolvendo e divertindo a plateia. O problema não é a estrutura do filme, mas a insistência em insistir naquele universo como se a vida de Bryan Mills fosse uma eterna roleta russa. É preciso saber abandonar também.
Enquanto o filme de 2009 foi uma boa surpresa para o gênero e a continuação de 2012 é uma espécie de sobrevida menos empolgante, Busca Implacável 3 traz emoções distintas. Se por um lado, parece um filme melhor resolvido que o segundo, seu argumento é forçado demais diante de tudo que já tínhamos visto destes personagens. Vamos torcer para ficar por aqui.
Busca Implacável 3 (Taken 3, 2014 / EUA)
Direção: Olivier Megaton
Roteiro: Luc Besson, Robert Mark Kamen
Com: Liam Neeson, Forest Whitaker, Maggie Grace, Famke Janssen, Dougray Scott
Duração: 109 min.
Se tem um ponto positivo na série Busca Implacável é que suas continuações possuem criatividade. Luc Besson e Robert Mark Kamen não repetem plot, caminho mais fácil para as continuações em geral, construindo aventuras independentes que fazem a história avançar. Neste terceiro, a trama se aproxima muito de O Fugitivo, série clássica dos anos 60 que virou filme com Harrison Ford. A essência do personagem, no entanto, continua a mesma. Um homem que parece até uma máquina de tão profissional, esperto e, por que não, sortudo. E, claro, uma grande dose de exageros.
O mundo é perigoso, dizia o primeiro filme. Cuidado com a vingança, poderia ser o aprendizado do segundo. Já o terceiro é: não confie em todos à sua volta. Bryan Mills é atraído para uma cilada, isso está óbvio. Quem armou para ele e o porquê disso é o grande mistério da trama, ainda que desde o início ela dê várias pistas para irmos juntando o quebra-cabeças. Mas, o que move mesmo o filme é a ação.
São diversas cenas de adrenalina alta, desde a abertura com um prólogo bastante tenso. Após uma pausa para apresentação da situação e pistas, voltamos para a ação com a fuga dele e sua busca por descobrir a verdade. A cena em que ele fala no telefone para a filha "Não sei por que, não sei quem, mas eu vou descobrir" virou quase uma marca do personagem. E seguimos acreditando que ele é capaz de fazer todos aqueles malabarismos, por mais absurdos que pareçam.
Liam Neeson acabou tomando gosto pelo gênero, se tornando um novo astro dos filmes de ação. O que é uma pena, pois tem potencial para interpretações mais densas. E nenhum bom ator merece ficar rotulado por qualquer tipo de gênero ou papel. Aqui, ele cumpre a sua função, seja correndo, atirando ou em momentos em que exigem um pouco mais de emoção dele, como quando encontra a mulher morta ou quando acredita que a filha corra novo perigo.
As cenas de perseguição são boas, ainda que sem maior criatividade. O filme é dinâmico. E mesmo que o roteiro traga construções absurdas, clichês e mesmo uma virada previsível, acaba cumprindo sua função, envolvendo e divertindo a plateia. O problema não é a estrutura do filme, mas a insistência em insistir naquele universo como se a vida de Bryan Mills fosse uma eterna roleta russa. É preciso saber abandonar também.
Enquanto o filme de 2009 foi uma boa surpresa para o gênero e a continuação de 2012 é uma espécie de sobrevida menos empolgante, Busca Implacável 3 traz emoções distintas. Se por um lado, parece um filme melhor resolvido que o segundo, seu argumento é forçado demais diante de tudo que já tínhamos visto destes personagens. Vamos torcer para ficar por aqui.
Busca Implacável 3 (Taken 3, 2014 / EUA)
Direção: Olivier Megaton
Roteiro: Luc Besson, Robert Mark Kamen
Com: Liam Neeson, Forest Whitaker, Maggie Grace, Famke Janssen, Dougray Scott
Duração: 109 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Busca Implacável 3
2015-01-21T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
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