Tinker Bell e o Monstro da Terra do Nunca
Continuando as aventuras da fadinha Tinker Bell, a Disney traz mais uma aventura divertida para os pequenos, com um roteiro bem mais interessante que o anterior Tinker Bell: Fadas e Piratas, ainda que continue com um tom bem infantil. E dessa vez, a protagonista não é a eterna Sininho, mas Fawn, a fadinha dos animais.
Por amar os animais, Fawn está sempre se colocando em confusões. Ela sempre vê o lado bom dos bichos, mesmo predadores como falcões e seu bom coração acaba colocando em perigo o vale das fadas. Mas tudo piora quando um estranho cometa acorda um monstro mitológico que pode ameaçar a vida de todos. O problema é que Fawn tem certeza que Ranzinza, nome que dá a ele, é um monstrinho do bem.
A estrutura da narrativa segue as anteriores, uma técnica em 3D bem construída, mas sem grandes novidades ou mesmo um apuro técnico espetacular como vemos em outras animações da Disney. O foco é a fofura das fadinhas, do vale, da harmonia com os animais. Principalmente, nessa aventura onde o tema central é essa relação fadas e animais.
Estamos novamente distantes do universo temático de Peter Pan, com piratas, meninos perdidos. Mas, a questão da pureza da alma, o acreditar e a desobediência da lei continuam presentes. O embate entre Fawn e a chefe da guarda é crucial nesse sentido, a primeira sempre seguindo o seu coração, enquanto a segunda tem a lei como guia. Mas, ambas querem fazer o certo, não são exatamente inimigas.
A animação possui muita cenas de ação. Há ataque de falcões, perseguições a Ranzina, tempestades e correria para salvar o vale das fadas. Isso traz uma dinâmica a mais à história que acaba nos pegando aos poucos, mesmo com um tom tão infantil e previsível. A construção do lado de amizade entre Fawn e Ranzinza é bem feito, nos envolvendo e fazendo nos importar com o desenlace daquela história.
Por outro lado, os momentos musicais são cansativos e pouco inspirados. O que não deixa de ser algo estranho já que estamos falando da Disney. As músicas não empolgam e não parecem funcionar diante daquele contexto. Mas, o bom é que não são muitas, focando mais nos diálogos e nas cenas de ação.
De modo geral, Tinker Bell e o Monstro da Terra do Nunca acaba surpreendendo por estar em um nível acima que a maioria dos filmes da série. De qualquer maneira, está ainda longe dos grandes clássicos do gênero que conquistam a cada vez mais públicos independente da idade. Esse é mais para os pequenos mesmo.
Tinker Bell e o Monstro da Terra do Nunca (Tinker Bell and the Legend of the NeverBeast, 2015 / EUA)
Direção: Steve Loter
Roteiro: Steve Loter
Duração: 76 min.
Por amar os animais, Fawn está sempre se colocando em confusões. Ela sempre vê o lado bom dos bichos, mesmo predadores como falcões e seu bom coração acaba colocando em perigo o vale das fadas. Mas tudo piora quando um estranho cometa acorda um monstro mitológico que pode ameaçar a vida de todos. O problema é que Fawn tem certeza que Ranzinza, nome que dá a ele, é um monstrinho do bem.
A estrutura da narrativa segue as anteriores, uma técnica em 3D bem construída, mas sem grandes novidades ou mesmo um apuro técnico espetacular como vemos em outras animações da Disney. O foco é a fofura das fadinhas, do vale, da harmonia com os animais. Principalmente, nessa aventura onde o tema central é essa relação fadas e animais.
Estamos novamente distantes do universo temático de Peter Pan, com piratas, meninos perdidos. Mas, a questão da pureza da alma, o acreditar e a desobediência da lei continuam presentes. O embate entre Fawn e a chefe da guarda é crucial nesse sentido, a primeira sempre seguindo o seu coração, enquanto a segunda tem a lei como guia. Mas, ambas querem fazer o certo, não são exatamente inimigas.
A animação possui muita cenas de ação. Há ataque de falcões, perseguições a Ranzina, tempestades e correria para salvar o vale das fadas. Isso traz uma dinâmica a mais à história que acaba nos pegando aos poucos, mesmo com um tom tão infantil e previsível. A construção do lado de amizade entre Fawn e Ranzinza é bem feito, nos envolvendo e fazendo nos importar com o desenlace daquela história.
Por outro lado, os momentos musicais são cansativos e pouco inspirados. O que não deixa de ser algo estranho já que estamos falando da Disney. As músicas não empolgam e não parecem funcionar diante daquele contexto. Mas, o bom é que não são muitas, focando mais nos diálogos e nas cenas de ação.
De modo geral, Tinker Bell e o Monstro da Terra do Nunca acaba surpreendendo por estar em um nível acima que a maioria dos filmes da série. De qualquer maneira, está ainda longe dos grandes clássicos do gênero que conquistam a cada vez mais públicos independente da idade. Esse é mais para os pequenos mesmo.
Tinker Bell e o Monstro da Terra do Nunca (Tinker Bell and the Legend of the NeverBeast, 2015 / EUA)
Direção: Steve Loter
Roteiro: Steve Loter
Duração: 76 min.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Tinker Bell e o Monstro da Terra do Nunca
2015-02-28T08:30:00-03:00
Amanda Aouad
animacao|aventura|critica|infantil|Steve Loter|
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