
Sujeito Oculto (BA/Inglaterra, 12', 2014)
de Amanda Gracioli
É um filme delicado em diversos aspectos, falando de um tema que irá nos atingir de uma maneira ou outra. A atuação é delicada, os planos são bem pensados e a dinâmica da casa com os sons dos vizinhos bem construída. Mas, o que nos pega de fato é a cena final. Surpreendentemente bela, ressoa em minha mente ainda agora.
Retomada (BA, 19', 2015)
de Leon Sampaio
Leon Sampaio constrói sua narrativa também com grande habilidade mesclando conversas com imagens da região, principalmente de uma plantação de cacau, principal produto da região. Temos também imagens de um índio andando com seu cocar pela mata que acrescenta poesia à imagem. Mas, mais do que tudo, o filme é um grito de alerta para uma situação mais do que necessária a qualquer ser humano: respeito.
Ritual Pam Pam Pam (BA, 4', 2014)
de Ramon Coutinho
Não há uma busca por compreensão daquilo, nem mesmo julgamento. A metáfora é construída de maneira divertida e criativa, nos mostrando o ritual e construindo o elo irônico do que vemos com o que ouvimos.

Eu, Travesti? (BA, 6', 2014)
de Leandro RodriguesEu, Travesti? é quase um manifesto poético, curto e introdutório de uma questão tão cara hoje em dia. O que nos define enquanto gênero? O nosso corpo é o que nasce ou o que sentimos por dentro? Na narração e nas imagens, o protagonista vai se transformando para nós. É bonito, mas ficou quase um ensaio, uma introdução. Fica a vontade de ver algo mais.

Santo de Casa (BA, 18', 2015)
de Lorena Sales e Murilo DeolinoTalvez o filme mais frágil da sessão, ainda que tenha seu valor. Santo de Casa funciona como aqueles "causos" do interior, lendas divertidas e críticas ao mesmo tempo, demonstrando a natureza do ser humano e a hipocrisia. Dois jovens ajudam na missa durante o dia, como coroinhas, mas de noite demonstram outro interesse em estar na igreja. Falta, talvez, um apuro no roteiro para melhor contar aquela história, além de ritmo na narrativa. De qualquer maneira, é um filme curioso.

Alegoria da Dor (BA, 13', 2015)
de Matheus ViannaJá falei sobre Alegoria da Dor quando ganharam o LABRFF. É um filme extremamente sensível que fala de saudade e dor de uma maneira alegórica através da figura do palhaço, esse ser triste que leva alegria aos outros. Chama a atenção ainda a excelente qualidade técnica da obra. Uma linda poesia. Leia crítica completa.
P.S. Da Competitiva Baiana, infelizmente, não pude conferir o curta-metragem Fardo, de Rafael Jardim, por isso, não posso comentar sobre ele. No mais, todos estão contemplados nos três artigos sobre o Cinema Baiano no Panorama.
Filmes vistos no XI Panorama Internacional Coisa de Cinema.