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Capitã Marvel

Capitã Marvel - filme

Primeira heroína da Marvel a protagonizar um filme solo, Carol Danvers não faz feio. Há uma boa construção em Capitã Marvel e até mesmo uma certa criatividade para não deixar a curva dramática comum de filmes de origem cansativa. Ainda assim, parece que falta algo para que o filme possa, de fato, empolgar.

Talvez a expectativa diante de uma das mais poderosas personagens e a empolgação depois de Pantera Negra e Vingadores: Guerra Infinita tenha nos feito exigir demais da obra. Na verdade, em um ranking dos filmes da Marvel, ela estaria bem colocada, já que a fórmula das aventuras com comédia tenha cansado um pouco.

Capitã Marvel - filmeDiante das polêmicas e boicotes, é preciso realmente ressaltar que o que Capitã Marvel tem de melhor é sua representatividade. Não é um filme panfletário feminista como alguns estão tentando reclamar, pelo contrário, ele abraça menos a causa que um Pantera Negra, por exemplo. Mas há em sua estrutura um empoderamento necessário que se torna ainda mais importante por ser sutil e naturalizado.

A trajetória de superação de Carol, que vai nos sendo contada em curtos flashbacks, traz momentos emocionantes, como a sequência que demonstra o que a faz humana. Uma briga contra preconceitos em uma busca por simplesmente se fazer autêntica, demonstrando sua força interna, muito mais importante que os próprios superpoderes adquiridos.

Capitã Marvel - filmeBrie Larson entende isso e faz um ótimo trabalho de construção de personagem, principalmente, levando em conta que, em boa parte da trama, ela trabalha desmemoriada. Há sutileza em seus gestos e atitudes que vão sendo compreendidas à medida que são revelados os fatos passados. Já o desenvolvimento do vilão, acaba prejudicado por algumas escolhas do roteiro que exigem surpresas.

As cenas de batalha são diversas e o filme busca dosar bem as informações necessárias em um filme de origem com ação. Há uma boa dinâmica e uso de planos que deixa tudo mais ágil, porém os efeitos especiais acabam sendo irregulares, tendo ótimos momentos e outros que deixam a desejar. Destaque para o rejuvenescimento de Samuel L. Jackson para encarnar Nick Fury na década de noventa.

Ainda que não crie a empatia imediata com o público, a curva da heroína é ascendente e, no clímax, é possível se empolgar com seu exemplo, ficando fácil de torcer por ela. Capitã Marvel pode não ser o melhor filme solo dos estúdios, mas cumpre o seu papel e deixa o gancho para Vingadores: Ultimato, que claro tem uma amostra nas cenas pós-créditos.


Capitã Marvel (Capitã Marvel, 2019 / EUA)
Direção: Anna Boden, Ryan Fleck
Roteiro: Anna Boden, Ryan Fleck
Com: Brie Larson, Samuel L. Jackson, Ben Mendelsohn, Jude Law, Annete Bening, Lashana Lynch, Clark Gregg
Duração: 123 min.

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