Resident Evil 4
Desde o início cinematográfico, Resident Evil não agrada totalmente os fãs, apesar de um primeiro filme razoável e fiel ao universo do game, muitos novos elementos foram introduzidos à história e o clima de terror virou ação. O suspense ainda envolve o novo longametragem, dessa vez não apenas produzido, mas dirigido e roteirizado por Paul W. S. Anderson, mas é mesmo nas cenas de ação que ele se sustenta. Já começa eletrizante com Alice, ainda interpretada por Milla Jovovich, e suas cópias invadindo a base da Umbrella Corporation no Japão para se vingar do seu presidente Albert Wesker, vivido por Shawn Roberts.
Para quem não conhece a série, a Umbrella Corporation é uma empresa que faz experimentos com seres humanos e foi responsável pela criação de um vírus que dizimou parte da população humana, transformando-os em zumbis. Alice, antiga cobaia da empresa, agora luta para sobreviver e encontrar outros sobreviventes, além de tentar se vingar dos responsáveis por toda essa destruição. Após ganhar poderes com uma substância T e ser clonada, Alice agora volta a ser humana e tem que lutar por sua vida junto a um novo grupo de sobreviventes. Como disse, a ação prevalece em relação ao terror e mistério.
Muita explosão, correria, tiros e cenas espetaculares. Ainda assim, temos uns sustos e um pouco de suspense. Há momentos em que ficamos a espera de algo ruim, quando achamos que não vai ter nada, o susto nos pega de surpresa. O filme prende em todos os sentidos. É bem produzido, bem dirigido, cumpre o seu propósito de entretenimento. A trilha sonora é um dos pontos mais fortes. Muito bem desenhada, coerente, empolgante e envolvente. É uma beleza ouvir cada acorde. E para nossa grata surpresa outro elemento técnico se sobressai aos olhos, literalmente: a tecnologia 3D. Feita no mesmo estúdio de James Cameron, vemos nesse filme, novamente, toda a imersão de Avatar. Tá, nem toda, mas ainda assim, uma boa imersão. A profundidade é bem calculada e algumas coisas saltam a tela. Em um momento, temos a nítida sensação que espirrou sangue em nossos óculos.
A direção e a fotografia também capricham nas cenas de ação, tem uma bela cena de Milla Jovovich e Ali Larter, que faz a Claire, lutando contra o mascarado com o machado no banheiro da prisão. A utilização da água foi bem feita, dando um efeito bem interessante, bonito até. Mas, o filme acaba exagerando nas câmeras lentas e nos efeitos a la Matrix congelando a cena em momentos decisivos. Isso acaba tornando o efeito enfadonho e repetitivo.
Os novos personagens não acrescentam muito, é verdade, aliás, o roteiro em si não diz muito. É aquele tipo de filme que prevalece a ação em detrimento da história que é quase nula. Em relação à saga, pouca coisa é acrescentada, talvez uma cena de 10 minutos. Mas, a construção eletrizante nos prende. Destaque para presença do Prison Break Wentworth Miller, não que sua atuação seja fantástica, aliás é difícil olhar para ele e não lembrar do Michael Scofield. Apenas é mais um astro da televisão que migra para o cinema, como a própria Ali Larter. Já a participação de Boris Kodjoe, é meio decepcionante, principalmente pelo desfecho clichê.
Os zumbis, que seriam o foco da história, acabam sendo coadjuvantes. Assustam, são construídos com efeitos especiais, as cenas deles cercando o prédio da prisão impressionam, mas a ação da luta e correria acaba se sobressaindo na tela. Talvez por isso, os fãs do game não gostem tanto. Eu confesso que gostei. Conseguiu me entreter e prender na cadeira. Acredito que esse seja o foco principal do filme.
Ah, esperem a primeira parte dos créditos antes de sair do cinema. Tem cena extra que deixa clara a intenção de um quinto filme.
Para quem não conhece a série, a Umbrella Corporation é uma empresa que faz experimentos com seres humanos e foi responsável pela criação de um vírus que dizimou parte da população humana, transformando-os em zumbis. Alice, antiga cobaia da empresa, agora luta para sobreviver e encontrar outros sobreviventes, além de tentar se vingar dos responsáveis por toda essa destruição. Após ganhar poderes com uma substância T e ser clonada, Alice agora volta a ser humana e tem que lutar por sua vida junto a um novo grupo de sobreviventes. Como disse, a ação prevalece em relação ao terror e mistério.
Muita explosão, correria, tiros e cenas espetaculares. Ainda assim, temos uns sustos e um pouco de suspense. Há momentos em que ficamos a espera de algo ruim, quando achamos que não vai ter nada, o susto nos pega de surpresa. O filme prende em todos os sentidos. É bem produzido, bem dirigido, cumpre o seu propósito de entretenimento. A trilha sonora é um dos pontos mais fortes. Muito bem desenhada, coerente, empolgante e envolvente. É uma beleza ouvir cada acorde. E para nossa grata surpresa outro elemento técnico se sobressai aos olhos, literalmente: a tecnologia 3D. Feita no mesmo estúdio de James Cameron, vemos nesse filme, novamente, toda a imersão de Avatar. Tá, nem toda, mas ainda assim, uma boa imersão. A profundidade é bem calculada e algumas coisas saltam a tela. Em um momento, temos a nítida sensação que espirrou sangue em nossos óculos.
A direção e a fotografia também capricham nas cenas de ação, tem uma bela cena de Milla Jovovich e Ali Larter, que faz a Claire, lutando contra o mascarado com o machado no banheiro da prisão. A utilização da água foi bem feita, dando um efeito bem interessante, bonito até. Mas, o filme acaba exagerando nas câmeras lentas e nos efeitos a la Matrix congelando a cena em momentos decisivos. Isso acaba tornando o efeito enfadonho e repetitivo.
Os novos personagens não acrescentam muito, é verdade, aliás, o roteiro em si não diz muito. É aquele tipo de filme que prevalece a ação em detrimento da história que é quase nula. Em relação à saga, pouca coisa é acrescentada, talvez uma cena de 10 minutos. Mas, a construção eletrizante nos prende. Destaque para presença do Prison Break Wentworth Miller, não que sua atuação seja fantástica, aliás é difícil olhar para ele e não lembrar do Michael Scofield. Apenas é mais um astro da televisão que migra para o cinema, como a própria Ali Larter. Já a participação de Boris Kodjoe, é meio decepcionante, principalmente pelo desfecho clichê.
Os zumbis, que seriam o foco da história, acabam sendo coadjuvantes. Assustam, são construídos com efeitos especiais, as cenas deles cercando o prédio da prisão impressionam, mas a ação da luta e correria acaba se sobressaindo na tela. Talvez por isso, os fãs do game não gostem tanto. Eu confesso que gostei. Conseguiu me entreter e prender na cadeira. Acredito que esse seja o foco principal do filme.
Ah, esperem a primeira parte dos créditos antes de sair do cinema. Tem cena extra que deixa clara a intenção de um quinto filme.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Resident Evil 4
2010-09-16T09:22:00-03:00
Amanda Aouad
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