72 horas
Há uma mania americana de pegar filmes recentes do resto do mundo e fazer sua versão. Alguns mais famosos estão próximos como Deixe ela entrar ou Os homens que não amavam as mulheres. Pela dificuldade de distribuição, essa é a forma de boa parte do mundo conhecer histórias interessantes como a do filme francês Pour Elle de 2008 que agora ganha nova roupagem nas mãos de Paul Haggis. O roteirista de Menina de Ouro e diretor de Crash soube explorar bem a história construindo um eletrizante thriller.
John Brennan vê sua vida perfeita desmoronar quando sua casa é invadida em uma manhã pela polícia que pretende prender sua esposa pelo assassinato da sua chefe. Todos os indícios levam a crer que Lara seja culpada, apesar da certeza de John de sua inocência. O argumento do protagonista é bem plausível, já que a moça saiu para jantar logo após o ocorrido e só uma psicopata para agir da forma como agiu até a sua prisão. Mas não sabemos exatamente o que aconteceu, ficamos apenas na expectativa. O problema é que a justiça parece não dar margens a dúvidas e, vendo a aproximação da transferência de sua esposa para uma penitenciária, John resolve agir.
72 horas é daquele filme que nos deixa grudados na cadeira, com os olhos na tela observando os próximos passos dos protagonistas. É fácil se identificar com a dor de John e torcer para que ele se dê bem. Ficamos sobressaltados a todo momento com a iminência do erro. Vibramos com cada golpe de sorte ou estratégia certa. Claro que temos aqui vários clichês de filmes de ação e algumas mentiras bem cabeludas como um detalhe no embarque do aeroporto. Mas, o mentor de John na fuga, um ex-presidiário vivido por Liam Neeson, já havia alertado que era preciso coragem e sorte para seguir o plano.
Russell Crowe dá a John Brennan uma interpretação obsessiva compulsiva bastante condizente com sua missão. O personagem é interessante e bem construído. Mas, o destaque fica mesmo por conta da participação de Brian Dennehy como o pai do personagem. Impressionante a interpretação desse grande ator, que a tudo observa e percebe. Vibramos com seu olhar. Aisha Hinds também está ótima como uma policial e seus comentários sátiros salvam alguns momentos clichês. Uma curiosidade é a participação de Daniel Stern, como o advogado de Lara. Para quem não lembra, ele era Marv, um dos assaltantes em Esqueceram de Mim.
Com um bom roteiro e uma direção bem realizada, 72 horas não chega a ser um grande filme, nem ficará marcado na história do cinema. Tanto que a bilheteria nos Estados Unidos não foi das melhores. Porém, é uma história envolvente, nos deixa tensos e surpreende em alguns momentos. Algumas sequência são belas, como a do detetive vivido por Jason Beghe observando o local do crime enquanto flashs nos são mostrados. É daqueles que vale como um bom entretenimento.
John Brennan vê sua vida perfeita desmoronar quando sua casa é invadida em uma manhã pela polícia que pretende prender sua esposa pelo assassinato da sua chefe. Todos os indícios levam a crer que Lara seja culpada, apesar da certeza de John de sua inocência. O argumento do protagonista é bem plausível, já que a moça saiu para jantar logo após o ocorrido e só uma psicopata para agir da forma como agiu até a sua prisão. Mas não sabemos exatamente o que aconteceu, ficamos apenas na expectativa. O problema é que a justiça parece não dar margens a dúvidas e, vendo a aproximação da transferência de sua esposa para uma penitenciária, John resolve agir.
72 horas é daquele filme que nos deixa grudados na cadeira, com os olhos na tela observando os próximos passos dos protagonistas. É fácil se identificar com a dor de John e torcer para que ele se dê bem. Ficamos sobressaltados a todo momento com a iminência do erro. Vibramos com cada golpe de sorte ou estratégia certa. Claro que temos aqui vários clichês de filmes de ação e algumas mentiras bem cabeludas como um detalhe no embarque do aeroporto. Mas, o mentor de John na fuga, um ex-presidiário vivido por Liam Neeson, já havia alertado que era preciso coragem e sorte para seguir o plano.
Russell Crowe dá a John Brennan uma interpretação obsessiva compulsiva bastante condizente com sua missão. O personagem é interessante e bem construído. Mas, o destaque fica mesmo por conta da participação de Brian Dennehy como o pai do personagem. Impressionante a interpretação desse grande ator, que a tudo observa e percebe. Vibramos com seu olhar. Aisha Hinds também está ótima como uma policial e seus comentários sátiros salvam alguns momentos clichês. Uma curiosidade é a participação de Daniel Stern, como o advogado de Lara. Para quem não lembra, ele era Marv, um dos assaltantes em Esqueceram de Mim.
Com um bom roteiro e uma direção bem realizada, 72 horas não chega a ser um grande filme, nem ficará marcado na história do cinema. Tanto que a bilheteria nos Estados Unidos não foi das melhores. Porém, é uma história envolvente, nos deixa tensos e surpreende em alguns momentos. Algumas sequência são belas, como a do detetive vivido por Jason Beghe observando o local do crime enquanto flashs nos são mostrados. É daqueles que vale como um bom entretenimento.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
72 horas
2010-12-22T08:06:00-03:00
Amanda Aouad
acao|critica|Liam Neeson|Olivia Wilde|Russel Crowe|
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