Depois de partir
O que você faria se um homem te procurasse dizendo ser "o mensageiro" e que sua vida estava prestes a terminar? Nathan também não acreditou e achou que o personagem de John Malkovich era apenas um lunático. O problema é que alguns acontecimentos começam a demonstrar que o velhinho biruta parece mesmo reconhecer quem vai viver ou morrer. Sendo assim, era preciso repensar suas atitudes antes da inevitável bater à sua porta.
Nathan era um advogado bem sucedido com um futuro brilhante, mas com sérios problemas em sua vida pessoal. Sua ex-esposa e filha moram em outra cidade, mas mesmo quase não as procurando, Nathan nunca as esqueceu. Quando o Dr. Kay vem procurá-lo falando de morte, é nelas que ele pensa. Ele não sabe se terá ainda tempo de mudar alguma coisa, mas precisa estar com elas. E, com essa idéia, o filme de Gilles Bourdos, que também assina o roteiro junto a Michel Spinosa, nos conduz em um drama / suspense interessante que tenta flertar com as temáticas espiritualistas que parecem cada vez mais em voga em nossos tempos.
Digo espiritualista, porque filmes como O Sexto Sentido, Os Outros, Passageiros, O Mistério da Libélula não podem ser considerados filmes espíritas, pois se sustentam apenas no fenômeno espiritualista. A diferença em relação a esse, é que Depois de Partir tenta construir algo mais com a figura do personagem de John Malkovich. Não que ele seja o representante da doutrina, ou mesmo um médium, algumas coisas que ele fala no final chegam a ser absurdas nesse sentido. Mas, há uma preocupação com a mudança de atitude e isso de uma forma leve, sem ser didática ou doutrinária. O problema é que Gilles Bourdos não soube fechar bem sua história.
O elenco chama a atenção, principalmente dos fãs de Lost, já que a ex de Nathan é nada menos do que Evangeline Lilly, a Kate da série. Ela está bem como Claire, conseguindo uma química interessante com Romain Duris. John Malkovich é sempre um show à parte, sendo um ponto de equilíbrio interessante na história. A trilha sonora de Alexandre Desplat completa o tom sentimental e ao mesmo tempo tenso. Ninguém parece estar seguro naquela história, ainda mais como a filha do casal desenhando raios a todo momento.
Confesso que, quando li a sinopse, esperei mais do filme. Ele constrói bem o seu argumento, mas acaba se perdendo na conclusão, tornando algumas passagens estranhas e falhas. Ainda assim, algumas cenas foram emocionantes e o conjunto da obra vale uma conferida sem grandes expectativas. Principalmente se você gosta da temática.
Nathan era um advogado bem sucedido com um futuro brilhante, mas com sérios problemas em sua vida pessoal. Sua ex-esposa e filha moram em outra cidade, mas mesmo quase não as procurando, Nathan nunca as esqueceu. Quando o Dr. Kay vem procurá-lo falando de morte, é nelas que ele pensa. Ele não sabe se terá ainda tempo de mudar alguma coisa, mas precisa estar com elas. E, com essa idéia, o filme de Gilles Bourdos, que também assina o roteiro junto a Michel Spinosa, nos conduz em um drama / suspense interessante que tenta flertar com as temáticas espiritualistas que parecem cada vez mais em voga em nossos tempos.
Digo espiritualista, porque filmes como O Sexto Sentido, Os Outros, Passageiros, O Mistério da Libélula não podem ser considerados filmes espíritas, pois se sustentam apenas no fenômeno espiritualista. A diferença em relação a esse, é que Depois de Partir tenta construir algo mais com a figura do personagem de John Malkovich. Não que ele seja o representante da doutrina, ou mesmo um médium, algumas coisas que ele fala no final chegam a ser absurdas nesse sentido. Mas, há uma preocupação com a mudança de atitude e isso de uma forma leve, sem ser didática ou doutrinária. O problema é que Gilles Bourdos não soube fechar bem sua história.
O elenco chama a atenção, principalmente dos fãs de Lost, já que a ex de Nathan é nada menos do que Evangeline Lilly, a Kate da série. Ela está bem como Claire, conseguindo uma química interessante com Romain Duris. John Malkovich é sempre um show à parte, sendo um ponto de equilíbrio interessante na história. A trilha sonora de Alexandre Desplat completa o tom sentimental e ao mesmo tempo tenso. Ninguém parece estar seguro naquela história, ainda mais como a filha do casal desenhando raios a todo momento.
Confesso que, quando li a sinopse, esperei mais do filme. Ele constrói bem o seu argumento, mas acaba se perdendo na conclusão, tornando algumas passagens estranhas e falhas. Ainda assim, algumas cenas foram emocionantes e o conjunto da obra vale uma conferida sem grandes expectativas. Principalmente se você gosta da temática.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
Depois de partir
2010-12-19T09:35:00-03:00
Amanda Aouad
critica|drama|Evangeline Lilly|John Malkovich|suspense|
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