O Ritual
Eu já perdi as contas de quantos filmes sobre exorcismo foram feitos. A novidade do filme do sueco Mikael Håfström é que este é baseado em uma história real contada no livro The Making of a Modern Exorcist de Matt Baglio. Temos então, uma trama que tenta nos convencer do fato de que o demônio existe e que a fé é o caminho único da salvação. Nada contra, só acho que o tema já foi saturado no cinema. Tudo podia ser resumido em uma única obra que William Friedkin apresentou ao mundo em 1973. Aquilo foi impactante, forte. Não é à toa que há, tanto no cartaz original, quanto nas falas de O Ritual, referências a ele. Em determinado momento, o Padre Lucas, personagem de Anthony Hopkins, brinca: "O que você queria? Cabeças girando? Sopa de ervilha?. O fato é que Ritual não nos traz nada de novo. Nem mesmo a interpretação de Hopkins consegue arrebatar o público.
A trama centra-se na trajetória de Michael Kovak, um rapaz, filho de um dono de funerária, que vê como única saída a um futuro igual matricular-se em um seminário. Mesmo sem sentir ter vocação para o cargo, ou mesmo fé, Michael se torna um aluno de destaque e, quando pensa em desistir de tudo, o padre superior resolve enviá-lo para Roma, onde está sendo reaberto um curso de exorcismo. Lá, ele pode presenciar fenômenos inexplicáveis na companhia do padre Lucas, um exorcista famoso e fervoroso. E busca respostas para suas dúvidas ao lado da jornalista Angelina que está no local procurando a verdade dos fatos e, quem sabe, uma prova.
É interessante para nós, brasileiros, ver o destaque que Alice Braga vem ganhando em Hollywood. Está certo que sempre em filmes de ação ou qualidade duvidosa, mas Angelina é um personagem importante na trama. Único papel feminino e que acaba sendo fundamental a partir de determinado ponto. Mas, apesar da catarse em Cidade Baixa, nunca presenciei uma atuação realmente convincente da moça. Quase comum. Rodrigo Santoro, por exemplo, já demonstrou muito mais talento, porém, não tem a mesma sorte. Agora, voltando a Ritual, o único destaque mesmo é a atuação de Anthony Hopkins. Ele consegue dar uma virada incrível na fisionomia de Padre Lucas a partir de um ponto importante da história. Vemos ali, todo seu talento.
A direção de Mikael Håfström é clássica de um filme do gênero, com movimentos de câmeras esperados, utilização de música destoante para aumentar a tensão, sustos programados. Temos muito de referência do filme de William Friedkin, como as veias saltando e o rosto escurecendo. Mesmo com algumas tentativas de inovações. Não passa de mais do mesmo, mas é eficiente. Consegue nos deixar tensos e envolvidos em muitos momentos. Daqueles filmes que pode ser uma boa opção para os amantes do gênero.
O Ritual: (The Rite / 2011: EUA)
Direção:Mikael Håfström
Roteiro: Michael Petroni
Com:Anthony Hopkins, Alice Braga, Rutger Hauer, Colin O'Donoghue.
Duração: 114 min
A trama centra-se na trajetória de Michael Kovak, um rapaz, filho de um dono de funerária, que vê como única saída a um futuro igual matricular-se em um seminário. Mesmo sem sentir ter vocação para o cargo, ou mesmo fé, Michael se torna um aluno de destaque e, quando pensa em desistir de tudo, o padre superior resolve enviá-lo para Roma, onde está sendo reaberto um curso de exorcismo. Lá, ele pode presenciar fenômenos inexplicáveis na companhia do padre Lucas, um exorcista famoso e fervoroso. E busca respostas para suas dúvidas ao lado da jornalista Angelina que está no local procurando a verdade dos fatos e, quem sabe, uma prova.
É interessante para nós, brasileiros, ver o destaque que Alice Braga vem ganhando em Hollywood. Está certo que sempre em filmes de ação ou qualidade duvidosa, mas Angelina é um personagem importante na trama. Único papel feminino e que acaba sendo fundamental a partir de determinado ponto. Mas, apesar da catarse em Cidade Baixa, nunca presenciei uma atuação realmente convincente da moça. Quase comum. Rodrigo Santoro, por exemplo, já demonstrou muito mais talento, porém, não tem a mesma sorte. Agora, voltando a Ritual, o único destaque mesmo é a atuação de Anthony Hopkins. Ele consegue dar uma virada incrível na fisionomia de Padre Lucas a partir de um ponto importante da história. Vemos ali, todo seu talento.
A direção de Mikael Håfström é clássica de um filme do gênero, com movimentos de câmeras esperados, utilização de música destoante para aumentar a tensão, sustos programados. Temos muito de referência do filme de William Friedkin, como as veias saltando e o rosto escurecendo. Mesmo com algumas tentativas de inovações. Não passa de mais do mesmo, mas é eficiente. Consegue nos deixar tensos e envolvidos em muitos momentos. Daqueles filmes que pode ser uma boa opção para os amantes do gênero.
O Ritual: (The Rite / 2011: EUA)
Direção:Mikael Håfström
Roteiro: Michael Petroni
Com:Anthony Hopkins, Alice Braga, Rutger Hauer, Colin O'Donoghue.
Duração: 114 min
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
O Ritual
2011-02-11T17:08:00-03:00
Amanda Aouad
Alice Braga|Anthony Hopkins|critica|suspense|terror|
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