
Jamie Foxx é o presidente dos Estados Unidos que está dando muita dor de cabeça para a indústria armamentícia. Tudo por causa do seu projeto de paz para o mundo, retirando suas tropas do Oriente Médio e propondo acordos entre nações. Isso é o que motiva, de certa forma, a invasão à Casa Branca, ou pelo menos é o que nos dá a entender boa parte do roteiro de James Vanderbilt. Mas, aos poucos vamos percebendo que o motivo da invasão não é um, mas sim um emaranhado de motivações de vilões diferentes que se torna pouco crível no final das contas.

A partir daí, Cale vai provar que é mais do que um ex-combatente, é um verdadeiro homem "duro de matar". Ele está preso na Casa Branca, junto com os reféns, onde inclui-se o presidente dos Estados Unidos, e um grupo de bandidos loucos querendo destruí-lo. Para completar a cena, sua filha, que é aficionada por política, estava longe dele no momento do ataque, e chega a se tornar um ponto chave para a comunicação com o mundo exterior.

A ação está sempre permeada de situações cômicas, como o guia turístico obcecado, ou o presidente trocando o sapato social por um tênis "Air Jordan" em um product placement escancarado, mas que fica divertido dentro do contexto. É possível rir do ridículo, e fazemos isso diversas vezes em O Ataque. O problema é que esse tipo de piada acaba camuflando todo o ufanismo e patriotismo do filme de Roland Emmerich que é sempre algo perigoso.
O Ataque, então, é mais um dos milhares de filmes que vemos por aí, com muita ação, cenas de humor e diversos clichês. Mas, que consegue nos envolver e divertir. É só não levá-lo a sério, nem tentar entender a política e trama por trás dele. É um filme de superação, onde um homem aparentemente perdedor busca provar que é capaz de muito mais e, de quebra, reconquistar a admiração da filha.
O Ataque (White House Down, 2013 / EUA)
Direção: Roland Emmerich
Roteiro: James Vanderbilt
Com: Channing Tatum, Jamie Foxx, Maggie Gyllenhaal
Duração: 131 min.