
Prêmio para todos
Começando pelo Globo de Ouro. A lista completa dos vencedores vocês podem conferir em nossa página do Facebook. Foi uma premiação tão equilibrada e "bem" distribuída que o vencedor do prêmio de Melhor Filme só levou este troféu para casa. "12 Anos de Escravidão" é apontado por muitos críticos como um filme para marcar a história do cinema, porém, foi vendo seus concorrentes vencendo-o em cada categoria até ser surpreendido com o último prêmio da noite.
No geral, a festa foi divertida, ainda que as apresentadoras Tina Fey e Amy Poehler não estarem em uma noite tão inspirada. De qualquer maneira, foi bom ver Alfonso Cuarón reconhecido por seu trabalho em Gravidade, e Leonardo DiCaprio premiado por sua atuação em O Lobo de Wall Street. Jennifer Lawrence ganhou mais uma por sua atuação em Trapaça, e confesso que isso me assusta. Uma menina de 23 anos, já com dois Globos de Ouro e um Oscar no currículo, fora todas as indicações. Tomara que saiba continuar administrando sua carreira.
A crítica internacional e norte-americana mais próximas do que nunca.

Atores quase definidos
O prêmio do Sindicato de Atores parece confirmar os nomes de Matthew McConaughey e Cate Blanchett como favoritos absolutos aos prêmios principais do Oscar, mas atualmente tudo é quase imprevisível e não me surpreenderia que algo de novo surgisse. Aqui também Jennifer Lawrence foi preterida a Lupita Nyong’o e Jared Leto levou melhor ator coadjuvante. Porém, o melhor elenco da noite foi Trapaça que curiosamente não levou nenhum prêmio individual.
E a Academia continua tentando se renovar

Até a categoria de melhor animação pode surpreender. Frozen é o melhor filme da Disney em anos, seria franca favorita, porém, o último trabalho de Hayao Miyazaki, Vidas ao Vento, tem arrancado elogios da crítica norte-americana podendo surpreender. Claro que uma animação japonesa bater o maior estúdio do país é um feito e tanto, mas tudo é mesmo possível.

Na briga da direção temos a maior incógnita. Martin Scorsese é sempre um nome de peso e Alfonso Cuarón fez um trabalho incrível em Gravidade. Steve McQueen dirigiu um dos filmes mais celebrados do ano. Porém, ninguém parece ter tanta moral com a academia do que David O. Russell, que com Trapaça consegue repetir o feito de fazer seus quatro principais atores serem indicados.
E para melhor filme, a Academia volta a indicar apenas nove títulos. Para quem ainda não entendeu, a categoria pode ter um mínimo de 5 e um máximo de 10 indicados. Mas, para que o filme esteja entre os indicados, precisa ter ficado em primeiro lugar da lista de, pelo menos, 5% dos votantes. E apenas nove conseguiram o feito este ano. Todos os nove tem outras indicações e estão bem cotados entre crítica e público. Agora nos resta ver no que dará tudo isso no dia 02 de março.
Perde o amigo, mas não perde a piada

E para não deixar o Brasil de fora
Pois é, O Som Ao Redor já tinha saído na última prévia, e Uma História de Amor e Fúria também não conseguiu sua indicação ao Oscar. Mas, por aqui, estamos sempre buscando lembrar e premiar os filmes brasileiros que merecem destaque. Essa semana a Associação Brasileira de Críticos de Cinema anunciou os melhores do ano em suas três categorias: Melhor filme estrangeiro para Tabu, Melhor filme brasileiro para O Som Ao Redor e Melhor curta-metragem para Pouco mais de um mês. Foi um total de 50 críticos votantes, distribuídos em 13 estados.