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Em 2012, Ridley Scott lançou Prometheus com uma promessa: ampliar a mitologia de sua série Alien. Apenas dos problemas de roteiro e ritmo, o filme consegue trazer novidades. Com Alien: Convenant isso não parece uma questão, o que empobrece a narrativa. Mas os dispositivos de terror e suspense, o tornam uma experiência próxima do primeiro filme da série.
Alien, o oitavo passageiro se tornou uma referência nos filmes de gênero. Uma nave que para em um planeta estranho e acaba tendo um dos tripulantes infectado. Dele, nasce um Alien que começa a caçar todos os outros tripulantes. Alien: Covenant não é exatamente assim, mas traz ecos do filme e também tenta brincar com essa expectativa do espectador, modificando alguns plots em específico.
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A criação parece mesmo a obsessão da trama. Se, em Prometheus, a equipe buscava o criador da Terra e dos seres humanos, aqui a criação parece mais difusa. Há o próprio homem que brinca de Deus, seja criando David ou Walter, seja colonizando um planeta como a missão da Covenant. E há também o próprio David, buscando essa função em uma trajetória que assusta e instiga, mas acaba sendo pouco aprofundada diante da estrutura do roteiro.
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Da mesma forma, as personagens não parecem importantes. São apenas peões sendo conduzidos em um jogo cênico para criar sensações momentâneas. Apenas a personagem de Katherine Waterston cria uma mínima empatia, mas mesmo assim não é forte o suficiente para conduzir as emoções tal qual a Tenente Ripley de Sigourney Weaver.
Os humanos serem apenas peças em um cenário onde Aliens são criados e robôs conduzem a narrativa, não deixa de ser significativo. E é em Michael Fassbender que Ridley Scott parece mesmo apostar suas fichas. Não por acaso, ele o traz como um duplo, dois lados de uma moeda. O misterioso David e o correto Walter. Talvez se o roteiro pudesse explorar um pouco mais essa dicotomia, aprofundando as questões que ambos lançam em rápidas conversas como o que seria uma evolução ou não de um robô, pudesse ser mais instigante. E é impressionante como o ator consegue traduzir bem as diferenças dos dois em pequenos gestos.
No fim, Alien: Covenant é um filme que não acrescenta muito. Não amplia a série, nem aprofunda a mitologia criada. E também não traz novidades ao gênero. É uma experiência com bons momentos de susto, alguma tensão e cenas bem feitas, mas que acabam não criando tanto impacto exatamente por não nos importarmos com as personagens como deveríamos. Um filme, infelizmente, descartável.
Alien: Covenant (Alien: Covenant, 2017 / EUA)
Direção: Ridley Scott
Roteiro: John Logan, Dante Harper
Com: Michael Fassbender, Katherine Waterston, Billy Crudup
Duração: 122 min.