As viagens de Gulliver
É muito difícil um trailer enganar a gente. Ainda mais hoje em dia que eles contam praticamente a história toda. Então, se você conhece o trabalho de Jack Black e viu o trailer de As viagens de Gulliver, sabe exatamente o que esperar desse filme de Rob Letterman. Esqueça o romance de Jonathan Swift com sua sátira à sociedade do século XVIII e entre na brincadeira, se não quiser se irritar.
O mundo fantástico de Jack Black é amontoado de referências à cultura nerd e ao rock'n'roll. Gulliver é um funcionário medíocre da expedição de um jornal de Nova York que inventa saber escrever e parte em uma jornada para uma matéria sobre o Triângulo das Bermudas. Uma tempestade o leva para uma dimensão paralela onde uma pequena ilha de nome Lilliput possui habitantes em miniatura. Guliver aproveita o seu tamanho para recontar a história do mundo e do cinema, onde ele é sempre o protagonista. Então, ele é o presidente dos Estados Unidos, compôs músicas como Sweet child o'mine, defendeu a galáxia de Darth Vader e morreu no Titanic, ressuscitando depois como Avatar.
As referências são engraçadas e os efeitos são bem realizados. A mistura de pequeninos com gigantes soa real. A direção de arte é bem cuidada e os detalhes fazem a diferença. A projeção em 3D, no entanto, é quase nula. Dá uma certa profundidade de tela, é verdade. Em vários momentos reparamos um detalhe ou outro que enriquecem o cenário. Mas, não chega a valer um ingresso mais caro. Para quem gosta de 3D saltando da tela, então, esqueça. Isso não acontece em nenhum momento. A única coisa legal das cópias em 3D é poder ver o novo curta de Scrat, o esquilo de A Era do Gelo.
Sem querer virar piada como Tarantino em sua lista de melhores do ano, uma coisa que achei muito legal foram os créditos. Para quem não viu a lista do cineasta, ele coloca "melhor cena de créditos, talvez da década" no filme "Enter The Void". As viagens de Gulliver podem não ter essa cena de crédito toda, mas é bem criativa. No início, eles se misturam ao cenário utilizando efeitos tiltshift de fotos, maquetes e 3D. É muito divertido assistir aos nomes se misturando aos cenários de Nova York. A apresentação fica dinâmica. No final, os créditos aparecem como notícias de jornal, misturadas à explicação do que aconteceu aos personagens Gulliver e Darcy.
O roteiro é uma bobagem, aposta todas as fichas na figura de Jack Black e seu estereótipo reforçado, principalmente, por Escola do Rock. Do original, só os nomes e a situação de uma cidade miniatura que vive em guerra. Há coisas lamentáveis como a forma como ele é aceito pelo reino de Lilliput. Bobagem tem limite. Outras são bem legais como o Kiss em miniatura tocando Rock and roll all night. É daqueles filmes que funcionam como uma pegadinha televisiva. Se paramos para analisar é uma grande bobagem, mas ao assistir, não há como deixar de rir em algum momento.
O mundo fantástico de Jack Black é amontoado de referências à cultura nerd e ao rock'n'roll. Gulliver é um funcionário medíocre da expedição de um jornal de Nova York que inventa saber escrever e parte em uma jornada para uma matéria sobre o Triângulo das Bermudas. Uma tempestade o leva para uma dimensão paralela onde uma pequena ilha de nome Lilliput possui habitantes em miniatura. Guliver aproveita o seu tamanho para recontar a história do mundo e do cinema, onde ele é sempre o protagonista. Então, ele é o presidente dos Estados Unidos, compôs músicas como Sweet child o'mine, defendeu a galáxia de Darth Vader e morreu no Titanic, ressuscitando depois como Avatar.
As referências são engraçadas e os efeitos são bem realizados. A mistura de pequeninos com gigantes soa real. A direção de arte é bem cuidada e os detalhes fazem a diferença. A projeção em 3D, no entanto, é quase nula. Dá uma certa profundidade de tela, é verdade. Em vários momentos reparamos um detalhe ou outro que enriquecem o cenário. Mas, não chega a valer um ingresso mais caro. Para quem gosta de 3D saltando da tela, então, esqueça. Isso não acontece em nenhum momento. A única coisa legal das cópias em 3D é poder ver o novo curta de Scrat, o esquilo de A Era do Gelo.
Sem querer virar piada como Tarantino em sua lista de melhores do ano, uma coisa que achei muito legal foram os créditos. Para quem não viu a lista do cineasta, ele coloca "melhor cena de créditos, talvez da década" no filme "Enter The Void". As viagens de Gulliver podem não ter essa cena de crédito toda, mas é bem criativa. No início, eles se misturam ao cenário utilizando efeitos tiltshift de fotos, maquetes e 3D. É muito divertido assistir aos nomes se misturando aos cenários de Nova York. A apresentação fica dinâmica. No final, os créditos aparecem como notícias de jornal, misturadas à explicação do que aconteceu aos personagens Gulliver e Darcy.
O roteiro é uma bobagem, aposta todas as fichas na figura de Jack Black e seu estereótipo reforçado, principalmente, por Escola do Rock. Do original, só os nomes e a situação de uma cidade miniatura que vive em guerra. Há coisas lamentáveis como a forma como ele é aceito pelo reino de Lilliput. Bobagem tem limite. Outras são bem legais como o Kiss em miniatura tocando Rock and roll all night. É daqueles filmes que funcionam como uma pegadinha televisiva. Se paramos para analisar é uma grande bobagem, mas ao assistir, não há como deixar de rir em algum momento.
Amanda Aouad
Crítica afiliada à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Poscom / UFBA) e especialista em Cinema pela UCSal. Roteirista profissional desde 2005, é co-criadora do projeto A Guardiã, além da equipe do Núcleo Anima Bahia sendo roteirista de séries como "Turma da Harmonia", "Bill, o Touro" e "Tadinha". É ainda professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Unifacs e da Uniceusa. Atualmente, faz parte da diretoria da Abraccine como secretária geral.
As viagens de Gulliver
2011-01-13T08:47:00-03:00
Amanda Aouad
aventura|comedia|critica|Jack Black|
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