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A Noite que Mudou o Pop
A Noite que Mudou o Pop
A sensação de assistir a um filme que te faz bem, que te põe para cima, é algo realmente especial. Tive o prazer de assistir a A Noite que Mudou o Pop, e devo dizer que terminei o filme com um sorriso de orelha a orelha, sentindo claramente que meu dia tinha acabado de ficar melhor. Este filme é daqueles que eleva o astral.
Reviver os momentos lendários por trás da criação de We Are the World é como abrir um portal do tempo para uma era onde a música pop reinava supremamente. A experiência nostálgica de assistir ao documentário A Noite que Mudou o Pop me transportou de volta a 1985, quando a melodia envolvente dessa música ecoava em cada canto, seja no rádio do carro da família ou nas estações de rádio.
Dirigido com maestria por Bao Nguyen, o filme nos leva a uma jornada emocionante pelos bastidores da composição e gravação de uma das músicas mais emblemáticas da história recente da música. Mas antes mesmo de mergulharmos na efervescência criativa desse projeto monumental, somos lembrados do contexto histórico que o envolve.
A iniciativa de Bob Geldof e Midge Ure, com o movimento Band Aid e o lançamento de "Do They Know It's Christmas?", preparou o terreno para a grandiosa colaboração que se seguiria. E é preciso destacar o papel fundamental de Harry Belafonte e do produtor Ken Kragen, cujos esforços incansáveis foram essenciais para reunir uma constelação de estrelas da música.
O documentário, embora tenha uma duração limitada para explorar tantos aspectos importantes, faz um esforço admirável para capturar a essência de cada participante. Desde os momentos íntimos das sessões de composição entre Michael Jackson e Lionel Richie até as gravações frenéticas da música no estúdio, somos transportados para dentro desse universo único.
Uma das cenas mais comoventes é quando Al Jarreau, em um gesto espontâneo e emocionante, homenageia Harry Belafonte ao improvisar Day-O (The Banana Boat Song), um tributo genuíno ao pioneirismo do cantor no projeto.
No entanto, o documentário não hesita em revelar as tensões e desafios enfrentados nos bastidores. Desde a estranha participação inicial de Stevie Wonder, que se reabilita na gravação, protagonizando cenas memoráveis, até as decepções de alguns artistas, como Sheila E., cuja presença foi motivada pela expectativa de atrair Prince, o filme lança luz sobre as nuances e complexidades desse projeto monumental.
Mesmo com suas falhas e o viés celebratório, A Noite que Mudou o Pop é uma ode poderosa à solidariedade e ao poder transformador da música. Em uma era onde as colaborações musicais são comuns, é importante lembrar o impacto sem precedentes que esse evento teve na história da música. Por mais que tentemos recriar esse momento hoje, jamais será possível capturar a magia e a autenticidade daquela noite de janeiro de 1985.
A Noite que Mudou o Pop é muito mais do que um simples documentário sobre música. É um retrato comovente e autêntico de uma época e dos maiores artistas da história da música, é uma homenagem à sua humanidade. Ao assistir a este filme, você não apenas se diverte, mas também ganha uma nova apreciação pelo talento e pela resiliência desses artistas. Recomendo fortemente a todos os amantes da música e do cinema.
A Noite que Mudou o Pop (The Greatest Night in Pop, 2024 / EUA)
Direção: Bao Nguyen
Com: Lionel Richie, Bruce Springsteen, Huey Lewis, Dione Warwick, Cyndi Lauper, Kim Carnes, Bob Dickinson, Tom Bähler, Humberto Gatica, Sheila E.
Duração: 96 min.
Ari Cabral
Bacharel em Publicidade e Propaganda, profissional desde 2000, especialista em tratamento de imagem e direção de arte. Com experiência também em redes sociais, edição de vídeo e animação, fez ainda um curso de crítica cinematográfica ministrado por Pablo Villaça. Cinéfilo, aprendeu a ser notívago assistindo TV de madrugada, o único espaço para filmes legendados na TV aberta.
A Noite que Mudou o Pop
2024-04-03T08:30:00-03:00
Ari Cabral
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